E a Academia Brasileira de Literatura de cordel?
A Academia foi fundada no dia 7 de setembro de 1988. Na diretoria, assim constituída,
eram somente três os cordelistas: o presidente, Gonçalo Ferreira da
Silva, o vice, Apolônio Alves dos Santos e o diretor cultural, Hélio
Dutra.
Hoje conta com 40 cadeiras, e uma rica história. Tão rica que esta postagem será pequena, por mais que tente aqui definir, homenagear ou documentar este movimento cultural tão pouco conhecido por nós.
A região nordeste do Brasil, tão pouco reconhecida como berço cultural, e tão exuberante em manifestações populares, nos enchem de orgulho com este formato inusitado de poesia.
A cultura nordestina está sempre presente aqui no Blog, por causa das raízes dO Externauta... ou não.
Uma palhinha foi dada por ninguém menos que Patativa do assaré, e agora , por Zé da Luz:
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Ai! Se sêsse!...
Se um dia nós se gostasse;
Se um dia nós se queresse;
Se nós dos se impariásse,
Se juntinho nós dois vivesse!
Se juntinho nós dois morasse
Se juntinho nós dois drumisse;
Se juntinho nós dois morresse!
Se pro céu nós assubisse?
Mas porém, se acontecesse
qui São Pêdo não abrisse
as portas do céu e fosse,
te dizê quarqué toulíce?
E se eu me arriminasse
e tu cum insistisse,
prá qui eu me arrezorvesse
e a minha faca puxasse,
e o buxo do céu furasse?...
Tarvez qui nós dois ficasse
tarvez qui nós dois caísse
e o céu furado arriasse
e as virge tôdas fugisse!!!
Severino de Andrade Silva (Zé da Luz), nasceu em Itabaiana, PB, em
29/03/1904 e faleceu no Rio de Janeiro-RJ, em 12/02/1965
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