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quinta-feira, 12 de julho de 2012

Complexo

Como faremos o mundo melhor se não melhoramos a nós mesmos?

Sempre encontrei esta pergunta nos livros e palestras sobre meio ambiente, e muito presente em livros de auto ajuda. Auto ajuda e meio ambiente são coexistentes no ser humano.

macaco, simio, macaco pensando

Fazemos parte de um ambiente natural e um ambiente social. Os livros de auto ajuda nos ensinam a sermos independentes, aprendermos com nossos erros e superarmos nossos medos. Nosso fracassos são etapas para serem aprendidas e nossos sucessos para serem copiadas.

Esta é a síntese desta postagem.

O ser humano como centro do universo, ensinado em livros e citado em redes sociais me parece uma utopia egocêntrica quando observamos o homem como parte do meio ambiente.

Não somos Deuses, somos criaturas.

Claro que somos evoluídos e capazes de grandes coisas, mas muito além deste nosso poder limitado, arrogante e prepotente estão as forças da natureza. Simples assim.

Quando nos deparamos com terremotos, tsunamis, enchentes, furacões e vulcões; encontramos a verdadeira condição humana de impotência e insignificância!

Afs, não quero ser deprimente nem catastrófico, mas somos cegos em nossa ilusão de auto suficiência.

Mas somos fantásticos, capazes de criarmos coisas extraordinárias e maravilhosas; mas também capazes das maiores atrocidades e vergonhas.

criança e macacos, macacos surdo cego e mudo

Criamos a ópera e o funk, o marca-passo e os reality shows, os remédios e as drogas, o alfabeto e o palavrão.

O mesmo ser que cria condições de alterar a genética, escraviza e mata a outros (inclusive da mesma espécie)

Amamos e protegemos nossos entes queridos e matamos e humilhados qualquer outro.

Somos complexos em nosso intelecto e profundos em nossas faculdades, infantis em nossos defeitos e animalescos em nossas paixões.

Faremos o mundo melhor quando nos aceitarmos criatura da natureza, integrados com ela e sensíveis à ela.

Todo plano mirabolante de ditar regras ao universo está fadado ao fracasso.

Somos animais somente...

Em várias postagens enalteci nossa capacidade, nossos gênios, nossos bons exemplos; mas não me iludo, morreremos um dia.

Esta sim, é a grande complexidade da vida... o fim.

Porque quando morremos, encerramos nossa história, e mesmo que ínfima perante o universo, mas deixamos "nossa marca."

E toda lápide deveria conter a inscrição:

"Cumpriu sua sentença e encontrou-se com o único mal irremediável, aquilo que é a marca de nosso estranho destino sobre a terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo morre."

(Auto da compadecida - Ariano suassuna)

Ariano Suassuna, escritor ariano suassuna, alto da compadecida



quarta-feira, 11 de julho de 2012

Poema sobre mim


Cogito

Torquato neto


eu sou como eu sou
pronome
pessoal e intransferível
do homem que iniciei
na medida do impossivel
torquato neto, poeta brasileiro, grande poeta, poema cogito
eu sou como eu sou
agora
sem grandes segredos dantes
sem novos secretos dentes
nesta hora

eu sou com sou
presente
desferrolhado indecebte
feito um pedaço de mim

eu sou como sou
vidente
e vivo tranquilamente
todas as horas do fim.



(Os cem melhores poemas brasileiros do século, pg 269 - Objetiva)

(faça o downoad deste livro aqui)


segunda-feira, 9 de julho de 2012

Cartunista prodigio


Enquanto alguns meninos jogam bola, outros ficam no computador. Enquanto alguns meninos fazem seu primeiro bico, outros já estão dando entrevista no Jô Soares, ralando no trabalho e fazendo charges engraçadíssimas em grandes jornais sobre o mesmo assunto que se está falando na escola. 

João pedro montanaro, estante de livros, cartunista, charge

 
Este último caso é o de João Pedro Montanaro, cartunista de apenas 15 anos de idade que já assina trabalhos na Revista MAD e na Folha de São Paulo. Ele é fã de Glauco, Angeli, Laerte e cia; e não poderia ser diferente. 

Desenhar, para ele, sempre foi algo natural e não teve começo certo. Mas ele lembra de uma das primeiras tentativas sérias, aos seis anos, quando copiou um Bob Esponja da TV e mostrou ao pai.

Depois, começou a copiar o estilo de cartunistas famosos até achar o seu.

Lançou seu primeiro livro, "Cócegas no Raciocínio", e deve pegar de vez o apelido de "garoto prodígio". "Sou o Robin", brinca. 

João pedro montanaro, cócegas no raciocinio, cartunista, charge
 "Isso me incomoda um pouco, o 'menino prodígio' é alguém que aparece e logo some", diz. "Apesar de ser óbvio, não gosto que falem tanto na minha idade porque tira o foco do trabalho. Mas vou ter de lidar com isso por um tempo ainda, né?" 

Na estante, guarda algumas raridades, como um livro de charges de 1985, uma primeira edição de "Fábulas Fabulosas", do pai e um de seus primeiros contatos com esse universo, Millôr Fernandes.


Em entrevista Ilustrada com João Montanaro, feita por JuliaBolliger, soubemos algumas curiosidades sobre o cara…

 
João pedro montanaro, cartunista, charge, revista mad, folha de são paulo
1) Responsabilidade é assunto sério para o rapaz, que coloca o trabalho bem à frente da fama. Quando questionado sobre seu talento prodígio, João sabe ser humilde: “Creio que fui bem criado pelos meus pais e desenhar é a única coisa que faço realmente bem! É triste, mas é verdade hehehehe”

2) Uma recente charge de Montanaro sobre o tsunami japonês deu o que falar. A charge, que fazia alusão às xilogravuras de Katsushika Hokusai, foi mal interpretada pelo público (e pelos colegas de escola), como se Montanaro fizesse uma “piada de mau gosto” sobre a tragédia. A sorte foi ter sido defendido por ninguém menos do que Adão Iturrusgarai e Allan Sieber.

3) Atenção meninas, se estiverem a fim de enforcar as noites de sexta-feira porque é o dia de charge no jornal, o site IdeaFixa informa: João Pedro ainda não tem namorada.




Taí, mais um brasileiro causando...