Como faremos o mundo melhor se não melhoramos a nós mesmos?
Sempre encontrei esta pergunta nos livros e palestras sobre meio ambiente, e muito presente em livros de auto ajuda. Auto ajuda e meio ambiente são coexistentes no ser humano.
Fazemos parte de um ambiente natural e um ambiente social. Os livros de auto ajuda nos ensinam a sermos independentes, aprendermos com nossos erros e superarmos nossos medos. Nosso fracassos são etapas para serem aprendidas e nossos sucessos para serem copiadas.
Esta é a síntese desta postagem.
O ser humano como centro do universo, ensinado em livros e citado em redes sociais me parece uma utopia egocêntrica quando observamos o homem como parte do meio ambiente.
Não somos Deuses, somos criaturas.
Claro que somos evoluídos e capazes de grandes coisas, mas muito além deste nosso poder limitado, arrogante e prepotente estão as forças da natureza. Simples assim.
Quando nos deparamos com terremotos, tsunamis, enchentes, furacões e vulcões; encontramos a verdadeira condição humana de impotência e insignificância!
Afs, não quero ser deprimente nem catastrófico, mas somos cegos em nossa ilusão de auto suficiência.
Mas somos fantásticos, capazes de criarmos coisas extraordinárias e maravilhosas; mas também capazes das maiores atrocidades e vergonhas.
Criamos a ópera e o funk, o marca-passo e os reality shows, os remédios e as drogas, o alfabeto e o palavrão.
O mesmo ser que cria condições de alterar a genética, escraviza e mata a outros (inclusive da mesma espécie)
Amamos e protegemos nossos entes queridos e matamos e humilhados qualquer outro.
Somos complexos em nosso intelecto e profundos em nossas faculdades, infantis em nossos defeitos e animalescos em nossas paixões.
Faremos o mundo melhor quando nos aceitarmos criatura da natureza, integrados com ela e sensíveis à ela.
Todo plano mirabolante de ditar regras ao universo está fadado ao fracasso.
Somos animais somente...
Em várias postagens enalteci nossa capacidade, nossos gênios, nossos bons exemplos; mas não me iludo, morreremos um dia.
Esta sim, é a grande complexidade da vida... o fim.
Porque quando morremos, encerramos nossa história, e mesmo que ínfima perante o universo, mas deixamos "nossa marca."
E toda lápide deveria conter a inscrição:
"Cumpriu sua sentença e encontrou-se com o único mal
irremediável, aquilo que é a marca de nosso estranho destino sobre a
terra, aquele fato sem explicação que iguala tudo o que é vivo num só
rebanho de condenados, porque tudo o que é vivo morre."
(Auto da compadecida - Ariano suassuna)