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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Assunto antigo, mas não pode ser ignorado

Junior Parece mentira, mas foi verdade. No dia 1°/Abr/2010, o elenco do Santos atual campeão paulista de futebol  foi a uma instituição que abriga trinta e quatro pessoas. O objetivo era distribuir ovos de Páscoa para crianças e adolescentes, a maioria com paralisia cerebral.

Ocorreu que boa parte dos atletas não saiu do ônibus que os levou.

Entre estes, Robinho (26a), Neymar (18a), Ganso (21a), Fábio Costa (32a), Durval (29a), Léo (24a), Marquinhos (28a) e André (19a), todos ídolos super aguardados.

O motivo teria sido religioso: a instituição era o Lar Espírita Mensageiros da Luz, de Santos-SP.

Visivelmente constrangido, o técnico Dorival Jr. tentou convencer o grupo a participar da ação de caridade. Posteriormente, o Santos informou que os jogadores não entraram no local simplesmente porque não quiseram.

Dentro da instituição, os outros jogadores participaram da doação dos 600 ovos, entre eles, Felipe (22a), Edu Dracena (29a), Arouca (23a), Pará (24a) e Wesley (22a), que conversaram e brincaram com as crianças.

Eis que o escritor, conferencista e Pastor (com P maiúsculo) ED RENÉ KIVITZ, da Igreja Batista de Água Branca (São Paulo), fez uma análise profunda sobre o ocorrido e escreveu o texto "No Brasil, futebol é religião", que abaixo tenho o prazer de compartilhar.

querubim
Os meninos da Vila pisaram na bola. Mas prefiro sair em sua defesa. Eles não erraram sozinhos. Fizeram a cabeça deles. O mundo religioso é mestre em fazer a cabeça dos outros. Por isso, cada vez mais me convenço que o Cristianismo implica a superação da religião, e cada vez mais me dedico a pensar nas categorias da espiritualidade, em detrimento das categorias da religião.

A religião está baseada nos ritos, dogmas e credos, tabus e códigos morais de cada tradição de fé. A espiritualidade está fundamentada nos conteúdos universais de todas e cada uma das tradições de fé.


Quando você começa a discutir quem vai para céu e quem vai para o inferno; ou se Deus é a favor ou contra à prática do homossexualismo; ou mesmo se você tem que subir uma escada de joelhos ou dar o dízimo na igreja para alcançar o favor de Deus, você está discutindo religião. Quando você começa a discutir se o correto é a reencarnação ou a ressurreição, a teoria de Darwin ou a narrativa do Gênesis, e se o livro certo é a Bíblia ou o Corão, você está discutindo religião. Quando você fica perguntando se a instituição social é espírita kardecista, evangélica, ou católica, você está discutindo religião.

O problema é que toda vez que você discute religião você afasta as pessoas umas das outras, promove o sectarismo e a intolerância. A religião coloca de um lado os adoradores de Allá, de outro os adoradores de Yahweh, e de outro os adoradores de Jesus. Isso sem falar nos adoradores de Shiva, de Krishna e devotos do Buda, e por aí vai. E cada grupo de adoradores deseja a extinção dos outros, ou pela conversão à sua religião, o que faz com que os outros deixem de existir enquanto outros e se tornem iguais a nós, ou pelo extermínio através do assassinato em nome de Deus, ou melhor, em nome de um deus, com d minúsculo, isto é, um ídolo que pretende se passar por Deus.


Mas, quando você concentra sua atenção e ação, sua práxis, em valores como reconciliação, perdão, misericórdia, compaixão, solidariedade, amor e caridade, você está no horizonte da espiritualidade, comum a todas as tradições religiosas. E quando você está com o coração cheio de espiritualidade, e não de religião, você promove a justiça e a paz.
 
Os valores espirituais agregam pessoas, aproxima os diferentes, faz com que os discordantes no mundo das crenças se deem as mãos no mundo da busca de superação do sofrimento humano, que a todos nós humilha e iguala, independentemente de raça, gênero, e inclusive religião.

Em síntese, quando você vive no mundo da religião, você fica no ônibus. Quando você vive no mundo da espiritualidade que a sua religião ensina  ou pelo menos deveria ensinar, você desce do ônibus e dá um ovo de páscoa para uma criança que sofre a tragédia e miséria de uma paralisia mental.


O Externauta é fã dos esportes, gosta de um futebol bem jogado, mas essa foi uma jogada desleal.

Muito dinheiro e pouco caráter... 

Filosofia

Frase da filósofa russo-americana Ayn Rand (fugitiva da revolução russa, que chegou aos Estados Unidos na metade da década de 1920), mostrando uma visão com conhecimento de causa:
 
“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada;  quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”.



 

Qualquer semelhança com o Brasil de hoje, não é mera coincidência...

domingo, 25 de setembro de 2011

Morte de uma Família

 
      Texto enviado por Tania:


Imagino que todos vocês que estão lendo este texto, já devem ter perdido, em algum momento da vida, um amigo.

Perder um amigo é muito ruim. Entretanto, é ruim pra nós, que ficamos.

Pra aquele amigo, que se foi, não foi nada. Ele morreu. Acabou. Ficamos tristes porque somos egoístas. Porque queremos esta pessoa perto de nós.

Perder um amigo não é nada. Difícil mesmo, é ver um amigo perder sua família toda.

Principalmente por culpa de um infeliz, babaca, que sem pensar nas consequências de seus atos, encheu a cara e pegou no volante!

Meu amigo Rafael Baltresca, perdeu a mãe e a irmã em um atropelamento, no sábado a noite. A única família que lhe restava, pois era orfão de pai.

Quando vemos um boyzinho imbecil dirigindo um Porche a 150km/h matando uma jovem, ficamos indignados, revoltados. Mas quando vemos alguém próximo, a quem queremos bem, perder toda a família em uma situação igual, nós sentimos a dor de perto. Arde no peito de maneira profunda.

E se fosse a minha irmã? E se fosse minha mãe? Ou meu pai ou minha esposa?

Dói só de imaginar.
Escrevo isso, porque tenho diversos amigos que adoram encher a cara de vez em quando. Amigos estes que sei que já dirigiram chapados, e ainda dirigem, sem pensar um segundo sequer no que essa atitude abominável pode trazer como consequência.

E na grande maioria das vezes, contam o ocorrido achando graça. São amigos. Mas são uns imbecis, que saibam disso! Embora goste deles, sempre pensei isso, e é a primeira vez que digo.

O pior, é saber que na infeliz e incompreensível maioria das vezes, são os bêbados que saem ilesos, andando dos carros, deixando um rastro de sangue que sequer mancha suas roupas.

Não adianta prender. Não adianta multar. Sequer proibir. É a cabeça das pessoas que está errada. Se você é um imbecilóide desses, e por acaso deu o azar de ler até o fim deste lamentável texto, ponha a mão na consciência. Tente, nem que seja por um segundo, imaginar sua família sendo estraçalhada por um carro dirigido por um inútil que encheu a cara só pra se enturmar, e resolveu testar seu peito de aço em uma avenida movimentada.

Imagine-se no chuveiro, escondendo suas lágrimas na água que corre pelo seu corpo, do choro insuportável oriundo da dor de saber que aquelas pessoas que você podia contar, aquelas que você amava do fundo do seu peito, nunca mais estarão ali.

NUNCA. Até o fim dos seus dias!

Se você tem algum sentimento de carinho, amor, escondido no meio de tanta babaquice, talvez você se identifique um pouco.

Esse foi um desabafo muito triste, e que infelizmente não vai atingir as pessoas como penso que deveria atingir.

Choro. Mas não pelo Baltresca apenas, mas por toda falta de amor ao próximo que permeia este mundo, e que não vai mudar se as pessoas não passarem a pensar em seus próprios atos.

Só peço que reflitam.

Minhas condolências Rafael.

Por Daniel Prado.



Tá publicado...é nóis