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domingo, 27 de abril de 2014

No limite

Não, não é uma postagem sobre o desaparecido programa da Rede globo, nem sobre o filme homônimo de 1997 (The edge) com Anthony Hopkins, Alec Baldwin, Elle MacPherson no elenco, mas sim um vídeo super informativo sobre ecologia.

Ok, já postei bastante coisa a este respeito (Recicle-se, Estamos Fritos, Passeio Socrático), além de dois vídeos (Consumir, Sistema); mas nunca é demais lembrar o quanto nós estamos próximos ao limite de recursos do nosso planeta.

Assista o vídeo e veja se os ambientalistas tem razão. São apenas 3 minutos, mais que o suficiente para nos colocar uma pulga atrás da orelha.

 


Quem gosta de livros ou quem foi obrigado a ler na faculdade sabe quem é Jostein Gaarder, escritor que cursou teologia e línguas escandinavas e lecionava filosofia; mas poucos sabem de seu envolvimento com questões ecológicas. Leia o que disse Jostein à revista Eco em 2005:

"Cinqüenta e um anos depois da assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o mundo necessita de uma nova declaração universal, desta vez de obrigações humanas, tanto dos indivíduos quanto dos estados, a fim de deter a progressiva deterioração do ambiente de nosso Planeta. Há no mundo milhares de organizações que atualmente se ocupam dos direitos das pessoas, mas somente um punhado está se preocupando com o estabelecimento de obrigações humanas.



O primeiro resultado real nesta área, a Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, pode até mesmo ter sido insuficiente, mas deu uma idéia do quanto falta para ser feito em matéria de obrigações supranacionais relacionadas à salvaguarda do ambiente e dos recursos mundiais, e com a necessidade de dar uma base sustentável à vida humana e animal.


Até agora a regra de ouro de “não faça aos outros, o que não gostaria que fizessem a você” serviu como base para todas as éticas. Devemos transportar esta regra para as relações entre países ricos e pobres, e entre gerações.

o mundo de sofia, escritor, filosofo, filosofia 
Teríamos gostado se as pessoas que viveram neste Planeta há cem, mil ou cem mil anos tivessem depositado enormes quantidades de lixo nuclear no fundo do oceano ou em buracos, levando à extinção numerosas espécies de plantas e animais, ou queimado tanto carvão e petróleo como nós fazemos? Sendo assim, fica claro que não temos o direito de fazer o mesmo.


Como já foi corretamente observado, o Planeta Terra não é de nossa propriedade e nem o herdamos de nossos ancestrais. Na realidade, o estamos pedindo emprestado de nossos descendentes. Mas estamos deixando atrás nós um mundo que vale menos do que aquele que pedimos emprestado.


A nossa é a primeira geração que está afetando o clima terrestre e a última geração que não terá que pagar o preço por ter feito tal coisa. Tendo em vista o que está ocorrendo em nosso Planeta, nos atreveríamos a nascer na metade do próximo século?


Sabemos que estamos em uma rota de colisão com a natureza e de que modo devemos mudar nosso comportamento para evitar o desastre. Nosso sistema econômico está colocando em perigo a capacidade do Planeta de renovar-se a si mesmo. Muitas decisões estão sendo tomadas por pequenos grupos com a intenção de obter lucros em curto prazo sem levar em conta o que seria uma justa divisão dos recursos mundiais.


Se a cultura ocidental tivesse êxito em exportar sua ideologia consumista para a África, Índia, China e Sudeste Asiático, por exemplo, a catástrofe global seria inevitável. Certamente, a catástrofe já é uma realidade em muitos lugares."


Por Jostein Gaarder - Escritor, autor de "O mundo de Sofia" Fonte: Revista Eco 21, ano XV, Nº 98, janeiro/2005.





Fontes: https://www.google.com.br/
http://ambientebrasil.com.br
www.socialfly.com.br
www.adorocinema.com/‎ 
Abraço galera, boa semana a todos!