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quarta-feira, 15 de julho de 2015

Cá entre nós (Reeditado)


Jornal, band, Ancora, Jornalismo, Politica, OpiniãoRicardo Eugênio Boechat, nascido em Buenos Aires em 13 de julho de 1952 e iniciou sua carreira na década de 1970 como repórter do extinto jornal Diário de Notícias. Ganhador de três prêmios Esso e do prêmio White Martins de Imprensa, já esteve presente nos principais jornais do país, como O Globo, O Dia, Estado de S. Paulo e Jornal do Brasil. Hoje, tem uma coluna semanal na revista Isto É, e é ancora do Jornal da Band e BandNews FM.

Em entrevista ao site “Na Telinha”, do portal UOL, Boechat disse que não imaginava chegar aonde chegou:”O máximo que me imaginei foi ganhar uma grana para pagar as minhas contas”

Mas chegou muito além disso e ganhou além de prêmios, muitos processos; mais de cem segundo ele.

Sobre a possibilidade de retornar à Rede Globo, emissora onde teve uma saída tumultuada, disparou: “A troco de quê? A Globo não tem culhão pra me dar a liberdade que a Band me dá. Eles não respeitam a liberdade de ninguém...” 

Sorria, Manipulação

Suas entrevistas costumam ser de tom leve e alegre: “Eu não me preparei pra nada, eu nunca pensei especificamente em fazer jornalismo”, confessou à Revista Press.

O que considero mais importante nesta história toda, é que Ricardo Boechat mantém uma simplicidade que o torna o mais acessível dos jornalistas deste país; não se comporta como um “semi-deus” blindado pelo seu orgulho próprio. Muito pelo contrário. A entrevista concedida a este Blog é um exemplo disso.

Casado com Veruska Seibel e pai de 6 filhos, é um cara que, assim como este blog, trabalha para que tenhamos uma sociedade melhor; sem exageros e palavras de efeito, sem discursos inflamados; mas com uma visão realista dos fatos.

Em sua entrevista para O Externauta, Boechat foi como sempre... sem meias palavras; confira:

OExternauta
- Por que o ateísmo?

R - Nunca fiz uma reflexão sobre as razões de minha não-crença. Simplesmente não fui tocado por qualquer tipo de fé religiosa e não me sinto mal com isso. Estou, posso dizer, em paz.
 

OExternauta- A ciência e a religião são antagônicas?

R - Acho que, nos pressupostos, sim. Não pode ser científica uma linha de pensamento que parta de pressuposto cientificamente insustentável, mesmo que em tese. A criação do Universo, da forma que os cristão entendem ter acontecido, é, por exemplo, totalmente antagônica a qualquer outra explicação que a ciência venha a produzir.
 
OExternauta- A ciência é fundamentada em algumas hipóteses prováveis que ainda e talvez nunca sejam provadas. Não existe um pouco de fé nisto?

R - Sim, no sentido de fé que motiva alguém a conquistar uma meta, um objetivo. Fé na vitória, fé na concretização de um sonho, de um projeto, etc. Não vejo identidade entre essa "fé substantiva", quase material, e a fé religiosa, que remete a outro nível de expectativa, a meu ver ilusória, como vida depois da morte, paraíso, eternidade, inferno, etc.
 

OExternauta- A que você atribui fenômenos como: premonição, adivinhação, psicometria, visões, etc?

R - Não sei responder. Certamente há fenômenos que destacam alguém ou algo em relação aos demais. Embora não tenha explicação, tenho a convicção de que há explicação científica para todos eles.
 

OExternauta- Como você definiria a vida?

R - Uma frase de efeito: a vida é o hiato entre o nada e o nada. 


OExternauta- Como você define sua posição jornalística?
  
R - Não tenho posição jornalística...

OExternauta- Em junho de 2009, os ministros do STF decidiram que o diploma de jornalismo não é obrigatório para exercer a profissão. O que você acha dessa decisão?

R - Correta. Eu não tenho diploma. Eu não fiz faculdade...

OExternauta- O que o jornalismo representa para você?

R - Um trabalho, uma profissão, um meio de vida. Estimulante, agitado, nervoso e, portanto, nem um pouco monótono. Mas, essencialmente, um trabalho.

OExternauta- Como você vê o jovem no Brasil de hoje? O que os espera no cenário político e social?

R - São jovens melhores do que os de minha geração, em vários aspectos. Em outros, talvez não. Mas o balanço é amplamente positivo para a atual geração. Quanto ao cenário político e social, minha visão de futuro é pessimista.


OExternauta- A educação é a fada madrinha do desenvolvimento, o que precisamos fazer para a mágica acontecer?

R - Me parece óbvio: todas as crianças na escola, ensino de qualidade, professores valorizados e políticas públicas sérias para a Educação, com verbas, muitas verbas.

OExternauta- O que você acha da atual política nacional?

R - Uma merda.




Politica, Brasilia, Caminhão, Coleta
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Abrax, e uma ótima semana a todos