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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Poesia, ah a poesia


Erros meus, má fortuna, amor ardente


Erros meus, má fortuna, amor ardente
Em minha perdição se conjuraram;
Os erros e a fortuna sobejaram,
Que pera mim bastava amor somente.

Tudo passei; mas tenho tão presente
A grande dor das cousas que passaram,
Que as magoadas iras me ensinaram
A não querer já nunca ser contente.

Errei todo o discurso de meus anos;
Dei causa [a] que a Fortuna castigasse
As minhas mal fundadas esperanças.

De amor não vi senão breves enganos.
Oh! quem tanto pudesse, que fartasse
Este meu duro Gênio de vinganças!

                        Luís de Camões
 
 
 
 




Acho Camões um cara realmente inspirado pelos seus sentimentos.

E nós? nos inspiramos neles?

Pense comigo...

Se soubermos identificar nossos sentimentos com clareza (raiva, medo, vingança,
etc); talvez nossas atitudes sejam outras, você não acha?

Sempre que nos enganamos em relação a eles (sentimentos), erramos com os que
estão á nossa volta.

Portanto lembre-se:

"Conhece-te a ti mesmo", como disse sabiamente Sócrates.

agora por exemplo, estou com preguiça, vou cochilar...

abrax