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domingo, 29 de novembro de 2015

Primeira da semana


Segue o desafio das postagens diárias (veja aqui)

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Provérbio

Nunca é tão fácil perder-se como quando se julga conhecer o caminho. (Provérbio Chinês)

Provérbio II

Deus nos dá as nozes. Mas não as quebra. (Provérbio Alemão)

Provérbio III

O que adquire entendimento ama a sua alma; o que conserva a inteligência acha o bem. (Prov.19:8)

sábado, 28 de novembro de 2015

Ultimo post da semana


Segue o desafio das postagens diárias (veja aqui)

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Pensamento

O verdadeiro segredo da felicidade é exigir muito de si e pouco dos outros. (Albert Guinon)


Filosofia

É preciso viver, não apenas existir. (Plutarco)


Ditados

Quando falares, cuida para que tuas palavras sejam melhores que o silêncio. (Provérbio Indiano)

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Mais de uma semana...


Segue o desafio das postagens diárias (veja aqui)

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Filosofia

Nós somos o que fazemos repetidas vezes, portanto, a excelência não é um ato, mas um hábito.(Aristóteles)

 


Pensamento

Nada pode parar alguém com a atitude ideal a conquistar sua meta; nada na Terra pode ajudar alguém sem comprometimento. (Thomas Jefferson)

 

Corpo e mente

Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num corpo são". (Juvenal)

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Seus hábitos podem ser perigosos


Segue o desafio das postagens diárias (veja aqui)

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Pensamento

Não são as ervas más que sufocam a boa semente e sim a negligência do lavrador. (Confúcio)


Provérbio

As más companhias são como um mercado de peixe; acabamos por nos acostumar ao mau cheiro.(Provérbio Chinês)



Corpo e mente

Coma mais o que nasce em árvores e plantas.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Dominio Próprio


Segue o desafio das postagens diárias (veja aqui)

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Filosofia

Nós somos o que fazemos repetidas vezes. Portanto, a excelência não é um ato, mas um hábito. (Aristóteles)


Dito Popular

Quem é amigo de todos não o é de ninguém


Provérbio

Melhor é o longânimo do que o herói da guerra, e o que domina o seu espírito, do que o que toma uma cidade (Prov.16:32)

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Boa semana


Segue o desafio das postagens diárias (veja aqui)

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Pensamento

Busque a paz interior e, só então, levante-se para ter um bom dia...


Provérbio

O preguiçoso morre desejando, porque as suas mãos recusam trabalhar. (Prov. 21:25)


Filosofia

A honestidade, sem as regras do decoro, transforma-se em grosseria. (Confúcio)



domingo, 22 de novembro de 2015

Domingo de desafio


Segue o desafio das postagens diárias (veja aqui)

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Pensamento

A felicidade é sermos felizes; não é fingirmos perante os outros que o somos. (Jules Renard)

Provérbio


Não há que ser forte. Há que ser flexível. (Provérbio Chinês)

Corpo e mente

Ninguém comanda a sua felicidade a não ser você. (Paulo A. Chenso)



sábado, 21 de novembro de 2015

Expansão


Segue o desafio das postagens diárias (veja aqui)

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Pensamento

A mente que se abre a uma nova idéia jamais volta ao seu tamanho original. (Albert Einstein )


 

Pensamento II


Para ter um negócio de sucesso, alguém, algum dia, teve que tomar uma atitude de coragem. (Peter Drucker)

 

Provérbio

Fica sempre um pouco de perfume na mão de quem oferece rosas. (Provérbio Chinês)



sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Amigos e trabalho


Segue o desafio das postagens diárias (veja aqui)

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Parachoque de caminhão

Língua afiada separa bons amigos.

Pensamento

Seja fiel ao seu trabalho, à sua palavra, ao seu amigo. (Henry Thoreau)

Filosofia

A felicidade não esta em fazer o que a gente quer e sim em querer o que a gente faz. (Jean-Paul Sartre)

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Quase uma semana


Segue o desafio das postagens diárias (veja aqui)

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Provérbio

O que lavra a sua terra será farto de pão, mas o que corre atrás de coisas vãs é falto de senso. (Prov. 12:11)

Filosofia

A crise representa purificação e oportunidade de crescimento. (Leonardo Boff)


Corpo e mente
Faça caminhadas de 20 a 60 minutos por dia e enquanto caminhar sorria. (Paulo A. Chenso)

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Postagem do dia


Segue o desafio das postagens diárias (veja aqui)

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Poesia

Viva hoje! Arrisque hoje! Faça hoje! Não se deixe morrer lentamente! Não se esqueça de ser feliz... Feliz... Arriscar à Fazer, para Viver Feliz! (Pablo Neruda)

Pensamento
 

A vida é curta demais para odiar alguém. Perdoe. (Paulo André Chenso)

Pensamento II


O homem é aquilo que sabe. (Francis Bacon)

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Sétima


Segue o desafio das postagens diárias (veja aqui)

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Filosofia

Não é preciso ter olhos abertos para ver o sol, nem é preciso ter ouvidos afiados para ouvir o trovão. Para ser vitorioso você precisa ver o que não está visível. (Sun Tzu)

Pensamento

Não devemos acreditar apenas em palavras, em posição ou ideologia. É a personalidade da pessoa e suas ações o que importam. (Daisaku Ikeda)

Parachoque de caminhão

Ter a consciência limpa é ter a memória fraca 



segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Segunda-feira, sexta postagem



Segue o desafio das postagens diárias (veja aqui)

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Poesia

Afinal, há é que ter paciência, dar tempo ao tempo, já devíamos ter aprendido, e de uma vez para sempre, que o destino tem de fazer muitos rodeios para chegar a qualquer parte. (Guimarães Rosa)


Reflexão

O sofrimento é passageiro; desistir é para sempre. (Lance Armstrong)


Ditados Populares

Não se fala de corda em casa de enforcado.



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domingo, 15 de novembro de 2015

Até no domingo

Segue o desafio das postagens diárias (veja aqui)

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Filosofia

Para mim, sábio não é aquele que proclama palavras de sabedoria, mas sim aquele que demonstra sabedoria em seus atos. (São Gregório)

Poesia
Não se pode criar experiência. É preciso passar por ela. (Albert Camus)
Corpo e mente
Não compare sua vida com a dos outros. (Paulo A. Chenso)
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sábado, 14 de novembro de 2015

Entrando no Ritmo


Segue o desafio das postagens diárias (veja aqui)

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Parachoque de Caminhão 

Se não sabe dançar, não diga que a orquestra é ruim

Ditados Populares

Tristezas não pagam dívidas  


Provérbio

Da soberba só resulta a contenda, mas com os que se aconselham se acha a sabedoria. (Prov.13:10)


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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Mais uma


Segue o desafio das postagens diárias (veja aqui)

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Ditados Populares

Mais vale um gosto na vida que seis vinténs na algibeira


Reflexão

Evite relacionamentos destrutivos


Corpo e mente

Sente-se em silêncio pelo menos 10 minutos por dia


quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Segundo Dia


Segue o desafio das postagens diárias (veja aqui)

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Corpo e mente

Beba muita água e leia mais livros.


Atitude

Aprenda a falar não.


Parachoque de caminhão

Não buzine, acorde mais cedo.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Desafio Filosófico


Rodin, pensamento, escultura, arte


Depois de uma pausa para balanço intelectual, recebi o desafio de postar pitadas filosóficas diariamente até o dia 24/12, véspera de natal.


 ano novo, planos, reflexãoNada daquelas simpatias de final de ano ou aquelas promessas que nunca cumprimos, mas uma visão diferenciada da vida pelo olhar dos poetas e pensadores em todos os tempos. Não se assuste, é bem mais simples do que parece porque a vida é simples!


As postagens serão divididas em  categorias aleatórias entre filosofia, para-choque de caminhão, ditos populares, poesia e provérbios...



Espero que gostem e aproveitem este período de 44 dias para uma reflexão e uma mudança, para melhor, no próximo ano de 2016.


Aí vai:


Pensamento

Não desperdice sua vida com fofocas (Manual para a vida – Paulo André Chenso)


Buteco

O amor é uma mistura de beleza e paciência, se der certo: beleza, se não der: paciência. (anônimo)


Provérbio

O que escarnece do pobre insulta ao seu Criador, o que se alegra da calamidade não ficará impune. (Prov 17:5)




quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Saudade

Mais uma postagem em homenagem aos meus amigos/irmãos poetas.

João Guimarães Rosa além de médico e diplomata, foi um dos mais importantes escritores brasileiros de todos os tempos. Seus contos e romances ambientam-se quase todos no chamado sertão brasileiro, e destacam-se pelas inovações de linguagem, sendo marcada pela influência de falares populares e regionais.

poeta, grande sertão veredas


Sua obra mais marcante foi Grande Sertão: Veredas, um romance qualificado por Rosa como uma "autobiografia irracional".

O poema abaixo faz parte do livro de poesias intitulado: Magma, publicado postumamente pela Editora Nova Fronteira. Apesar de ter ganho, em 1936, o Prêmio da Academia Brasileira de Letras, Guimarães Rosa não demonstrou qualquer interesse em publicá-lo, chegando a dizer em entrevista: "[...]escrevi um livro não muito pequeno de poemas, que até foi elogiado. [Depois] passaram-se quase dez anos, até eu poder me dedicar novamente à literatura. E revisando meus exercícios líricos, não os achei totalmente maus, mas tampouco muito convincentes".

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Saudade


Saudade de tudo!...
Saudade, essencial e orgânica,
de horas passadas,
que eu podia viver e não vivi!...
Saudade de gente que não conheço,
de amigos nascidos noutras terras,
de almas órfãs e irmãs,
de minha gente dispersa,
que talvez até hoje ainda espere por mim...

Saudade triste do passado,
saudade gloriosa do futuro,
saudade de todos os presentes
vividos fora de mim!...

Pressa!...
Ânsia voraz de me fazer em muitos,
fome angustiosa da fusão de tudo
sede da volta final
da grande experiência:
uma só alma em um só corpo,
uma só alma-corpo,
um só,
um!...
Como quem fecha numa gota
o Oceano
afogado no fundo de si mesmo...


- João Guimarães Rosa

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Fontes www.wikipedia.org/
www.google.com
www.facebook.com

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Cá entre nós (Reeditado)


Jornal, band, Ancora, Jornalismo, Politica, OpiniãoRicardo Eugênio Boechat, nascido em Buenos Aires em 13 de julho de 1952 e iniciou sua carreira na década de 1970 como repórter do extinto jornal Diário de Notícias. Ganhador de três prêmios Esso e do prêmio White Martins de Imprensa, já esteve presente nos principais jornais do país, como O Globo, O Dia, Estado de S. Paulo e Jornal do Brasil. Hoje, tem uma coluna semanal na revista Isto É, e é ancora do Jornal da Band e BandNews FM.

Em entrevista ao site “Na Telinha”, do portal UOL, Boechat disse que não imaginava chegar aonde chegou:”O máximo que me imaginei foi ganhar uma grana para pagar as minhas contas”

Mas chegou muito além disso e ganhou além de prêmios, muitos processos; mais de cem segundo ele.

Sobre a possibilidade de retornar à Rede Globo, emissora onde teve uma saída tumultuada, disparou: “A troco de quê? A Globo não tem culhão pra me dar a liberdade que a Band me dá. Eles não respeitam a liberdade de ninguém...” 

Sorria, Manipulação

Suas entrevistas costumam ser de tom leve e alegre: “Eu não me preparei pra nada, eu nunca pensei especificamente em fazer jornalismo”, confessou à Revista Press.

O que considero mais importante nesta história toda, é que Ricardo Boechat mantém uma simplicidade que o torna o mais acessível dos jornalistas deste país; não se comporta como um “semi-deus” blindado pelo seu orgulho próprio. Muito pelo contrário. A entrevista concedida a este Blog é um exemplo disso.

Casado com Veruska Seibel e pai de 6 filhos, é um cara que, assim como este blog, trabalha para que tenhamos uma sociedade melhor; sem exageros e palavras de efeito, sem discursos inflamados; mas com uma visão realista dos fatos.

Em sua entrevista para O Externauta, Boechat foi como sempre... sem meias palavras; confira:

OExternauta
- Por que o ateísmo?

R - Nunca fiz uma reflexão sobre as razões de minha não-crença. Simplesmente não fui tocado por qualquer tipo de fé religiosa e não me sinto mal com isso. Estou, posso dizer, em paz.
 

OExternauta- A ciência e a religião são antagônicas?

R - Acho que, nos pressupostos, sim. Não pode ser científica uma linha de pensamento que parta de pressuposto cientificamente insustentável, mesmo que em tese. A criação do Universo, da forma que os cristão entendem ter acontecido, é, por exemplo, totalmente antagônica a qualquer outra explicação que a ciência venha a produzir.
 
OExternauta- A ciência é fundamentada em algumas hipóteses prováveis que ainda e talvez nunca sejam provadas. Não existe um pouco de fé nisto?

R - Sim, no sentido de fé que motiva alguém a conquistar uma meta, um objetivo. Fé na vitória, fé na concretização de um sonho, de um projeto, etc. Não vejo identidade entre essa "fé substantiva", quase material, e a fé religiosa, que remete a outro nível de expectativa, a meu ver ilusória, como vida depois da morte, paraíso, eternidade, inferno, etc.
 

OExternauta- A que você atribui fenômenos como: premonição, adivinhação, psicometria, visões, etc?

R - Não sei responder. Certamente há fenômenos que destacam alguém ou algo em relação aos demais. Embora não tenha explicação, tenho a convicção de que há explicação científica para todos eles.
 

OExternauta- Como você definiria a vida?

R - Uma frase de efeito: a vida é o hiato entre o nada e o nada. 


OExternauta- Como você define sua posição jornalística?
  
R - Não tenho posição jornalística...

OExternauta- Em junho de 2009, os ministros do STF decidiram que o diploma de jornalismo não é obrigatório para exercer a profissão. O que você acha dessa decisão?

R - Correta. Eu não tenho diploma. Eu não fiz faculdade...

OExternauta- O que o jornalismo representa para você?

R - Um trabalho, uma profissão, um meio de vida. Estimulante, agitado, nervoso e, portanto, nem um pouco monótono. Mas, essencialmente, um trabalho.

OExternauta- Como você vê o jovem no Brasil de hoje? O que os espera no cenário político e social?

R - São jovens melhores do que os de minha geração, em vários aspectos. Em outros, talvez não. Mas o balanço é amplamente positivo para a atual geração. Quanto ao cenário político e social, minha visão de futuro é pessimista.


OExternauta- A educação é a fada madrinha do desenvolvimento, o que precisamos fazer para a mágica acontecer?

R - Me parece óbvio: todas as crianças na escola, ensino de qualidade, professores valorizados e políticas públicas sérias para a Educação, com verbas, muitas verbas.

OExternauta- O que você acha da atual política nacional?

R - Uma merda.




Politica, Brasilia, Caminhão, Coleta
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Curtiu? 

Abrax, e uma ótima semana a todos

sábado, 20 de junho de 2015

Salvem nossa língua


Desde 2011, quando houve a polêmica do livro que defende o “nós pega” na escola; em um obra distribuída pelo MEC, o debate sobre o papel da língua popular na sala de aula tomou corpo. O debate se acirrou tendo de um lado os linguistas que defendem a obra que prega que o aluno pode falar “os livro”, e de outro, os que acreditam que esta prática limita a ascensão social dos próprios alunos.


charge, ivan cabralApesar de que toda a polêmica foi iniciada por uma interpretação errônea, não vou tratar aqui de quem está certo, mas deixar os links para que você mesmo faça sua interpretação.





Mas, como não poderia deixar de ser, O Externauta deixa aqui sua contribuição, ou melhor, copia e publica o texto de Ferreira Gullar, grande poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta brasileiro, que já esteve aqui no blog (Este é Ferreira), e que demonstra de forma clara como tudo não passa de...sei lá, lê aí:



ALGUÉM FALA ERRADO?


Sei muito bem que, de acordo com a lingüística moderna, não existem o certo e o errado no uso do idioma nacional, ou melhor, não existe o errado, o que significa que tudo está certo e que minha antiga professora de português, que me ensinou a fazer análise lógica e gramatical das proposições em língua portuguesa, era uma louca, uma vez que a língua não tem lógica como ela supunha e a gramática é de fato um instrumento de repressão; perdeu seu tempo dona Rosinha ensinando-me que o verbo concorda com o sujeito, e os adjetivos com os substantivos, como também concordam com estes os artigos, ou seja, que não se deve dizer dois dúzias de ovos, uma vez que dúzia é palavra feminina, donde ter que dizer "duas dúzias de ovos", o que era, como sei agora, um ensinamento errôneo ou, no máximo, correto apenas naquela época, pois hoje ouço na televisão e leio nos jornais "as 6 milhões de pessoas", construção indiscutivelmente correta hoje, quando os artigos não têm mais que concordar com os  substantivos e tampouco com o verbo, como me ensinara ela, pois me corrigia quando eu dizia "ele foi um dos que fez barulho", afirmando que eu deveria dizer "um dos que fizeram barulho", e me explicava que era como se dissesse "foi um dos três que fizeram barulho", explicação antiquada, do mesmo modo que aquela outra referente à regência dos verbos e que eu, burróide, entendi como certo quando, na verdade, o certo não é, por exemplo, dizer "a comida de que ela necessita" ou "o problema de que falou o presidente", e, sim, "o problema que falou o presidente", frase que, no meu antiquado entendimento, resulta estranha, pois parece dizer não que o presidente falou do problema, mas que o problema falou do presidente, donde se conclui que sou realmente um sujeito maluco, que já está até ouvindo "vozes" e, além de maluco, fora de moda, porque não se conforma com o fato de terem praticamente eliminado de nossa língua as palavras "este" e "esta", que foram substituídas por "esse" e "essa",  pois sem nenhuma dúvida é uma tolice querer que o locutor da televisão, referindo-se à noite em que fala, diga "no programa desta noite" em lugar de "no programa dessa noite", que, dentro do critério de que o errado é certo, está certíssimo, ao contrário do que exige esta minha birra, culpa da professora Rosinha, por ter insistido em nos convencer de que "este" designa algo que está perto de mim, "esse", algo que está perto de você e "aquele", o que está longe dos dois, e ainda a minha teimosia em achar que essas palavras correspondem a situações reais da vida, não são meras invenções de gramáticos; e, de tão sectário que sou nesta mania de preservar a língua, não suporto ouvir a expressão "isto não significa dizer" em vez de "isto não quer dizer", que é o correto, ou era, além de expressão legítima, enquanto a outra é um anglicismo, mas que, por isso mesmo, há quem considere ainda mais correta, porque estamos na época da globalização, o que torna mais bobo ainda implicar com  estrangeirismos, como aquele meu amigo que fica irritado ao ler nos jornais que "a reunião da Câmara foi postergada para segunda-feira", em vez de "adiada", como sempre se disse e que facilita o entendimento da maioria das pessoas, já que nem todos os brasileiros amargaram o exílio em países de língua espanhola. Mas já quase admito ser muita pretensão teimar em dizer "o governador cogita de enviar à Câmara um novo projeto de lei", pois isso de que o verbo "cogitar" rege a preposição "de" também é bobagem, coisa de gente pretensiosa que precisa se impor às outras falando arrogantemente "correto", como se houvesse modo de falar certo ou errado, de falar correto, pois a verdade é que tal pretensão oculta um preconceito de classe, uma discriminação contra aqueles que não tiveram oportunidade de estudar e, por essa razão, não podem falar como os que usufruíram do privilégio burguês, ou pequeno-burguês, de estudar gramática, o que vem acentuar a injustiça social. Como se não bastasse  serem aqueles pobres discriminados no trabalho e no conforto, ainda se acrescenta essa discriminação, acusando-os de falarem mal a língua, da qual são eles de fato os criadores e que foi apropriada pelos ricos e poderosos que agora se consideram donos dela, como de tudo o mais que existe neste mundo, pois eles de fato não toleram a hipótese de que todas as pessoas sejam iguais e que todas elas falem corretamente ainda que gramáticos elitistas insistam em dizer que falam errado só porque não falam segundo as normas da classe dominante, que, além de impedir os pobres de estudar, acusam-nos de serem ignorantes, atitude de fato inaceitável, pois sabemos que todas as pessoas são igualmente inteligentes e talentosas, portanto capazes de criar obras de arte geniais, de conceber teorias iguais às que conceberam Galileu e Einstein, e só não o fazem porque são deliberadamente impedidas de dar vazão a seu gênio criador; e também neste caso se comete a injustiça de consagrar como gênios alguns  homens privilegiados e não atribuir qualquer valor aos milhões, perdão, às milhões de pessoas tidas como comuns, e só não consigo entender é por que os lingüistas que defendem tais idéias continuam a escrever corretamente tal como exigia minha professora do colégio São Luís de Gonzaga, naqueles distantes anos da década de 1940... Diante disto, não está mais aqui quem falou. (Folha de SP, 25/09/2005)

Ferreira Gullar

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qualidade, escola, aluno
 

Fontes: www.oexternauta.blogspot.com
www.google.com
www.portal.mec.gov.br
www.ultimosegundo.ig.com.br
www.veja.abril.com.br
www.cartacapital.com.br
www.folha.uol.com.br

 

domingo, 19 de abril de 2015

Mineirice

Algumas pessoas ainda não entenderam minha opção por me radicar em Minas, isso mesmo, radicar em Minas; mas confesso que aqui as coisas são muito mais do que parecem.

Paixão, amor, apaixonado, carinhoConfesso que tenho alguns dos piores defeitos em uma pessoa, um exemplo disso são os 3 Ps que carrego desde a infância: Sou Paulista, Pobre e Palmeirense! Mas tenho qualidades também; e uma delas é apreciar a beleza onde quer que ela esteja, sem preconceito, sem ressalvas ou medo de apaixonar-se. Eu mesmo já postei algumas piadas sobre este estado maravilhoso, mas é só brincadeira, todos sabem disso.

É isto que Minas Gerias representa para os afortunados que dela usufruem, uma paixão avassaladora que contrasta com o ritmo mineiro de ser.

Uma amiga (Elaine) postou um vídeo no Face que demonstra uma destas armas secretas escondidas nos mais remotos vilarejos daqui, e nas grandes cidades também, porque Minas é "grande com força". Trata-se de um texto Carlos Drummond de Andrade em uma adaptação de Felipe Peixoto Braga Netto. Não resisti, posto aqui o texto e o vídeo... mas cuidado: "Pode ser prejudicial à sua saúde física, mental e emocional."


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O Sotaque das Mineiras

O sotaque das mineiras deveria ser ilegal, imoral ou engordar. Porque, se tudo que é bom tem um desses horríveis efeitos colaterais, como é que o falar lindo (das mineiras) ficou de fora?

Mineira deveria nascer com tarja preta avisando: ouvi-la faz mal à saúde. Se uma mineira, falando mansinho, me pedir para assinar um contrato doando tudo que tenho, sou capaz de perguntar: só isso? Assino achando que ela me faz um favor.

Eu sou suspeitíssimo. Confesso: esse sotaque me desarma. Os mineiros têm um ódio mortal das palavras completas. Preferem abandoná-las no meio do caminho, não dizem: pode parar, dizem: 'pó parar'. Não dizem: onde eu estou?, dizem: 'ôncôtô'. Os não-mineiros, ignorantes nas coisas de Minas, supõem, precipitada e levianamente, que os mineiros vivem lingüisticamente falando, apenas de uais, trens e sôs. 

Digo-lhes que não(...) 

Mineiras não usam o famosíssimo 'tudo bem'. Sempre que duas mineiras se encontram, uma delas há de perguntar pra outra: - 'Cê tá boa?'. Para mim, isso é pleonasmo. Perguntar para uma mineira se ela tá boa é desnecessário. 

Há outras. (...) 

- 'Aqui', não vou dar conta de chegar na hora, não. Esse 'aqui' é outro que só tem aqui(...) Que os mineiros não acabam as palavras, todo mundo sabe. É um tal de 'bonitim', 'fechadim', e por aí vai. Já me acostumei a ouvir: - E aí, 'vão?'. Traduzo: - E aí, vamos? Não caia na besteira de esperar um 'vamos' completo de uma mineira. Não ouvirá nunca.
 
 Eu preciso avisar à língua portuguesa que gosto muito dela, mas prefiro, com todo respeito, a mineira. Nada pessoal. Aqui certas regras não entram. São barradas pelas montanhas.
 
Por exemplo, em Minas, se você quiser falar que precisa ir a um lugar, vai dizer: - Eu preciso 'de' ir. Onde os mineiros arrumaram esse 'de', aí no meio, é uma boa pergunta. Só não me perguntem. Mas que ele existe, existe(...)
 
Aqui em Minas ninguém precisa ir a lugar nenhum. Entendam... Você não precisa ir, você precisa 'de' ir. Você não precisa viajar, você precisa 'de' viajar. Se você chamar sua filha para acompanhá-la ao supermercado, ela reclamará: - Ah, mãe, eu preciso 'de' ir? No supermercado, o mineiro não faz muitas compras, ele compra um 'tanto de coisa'. O supermercado não estará lotado, ele terá um 'tanto de gente'(...) Entendeu? 

Se, saindo do supermercado, a mineirinha vir um mendigo e ficar com pena, suspirará: - 'Ai, gente, que dó'.
É provável que a essa altura o leitor já esteja apaixonado pelas mineiras(...) Para uma mineira falar que algo é muitíssimo bom vai dizer: - 'Ô, é sem noção'. Entendeu?
 
É 'sem noção! ' Só não esqueça, por favor, o 'Ô' no começo, porque sem ele não dá para dar noção do tanto que algo é sem noção, entendeu?
 
 Capaz... Se você propõe algo ela diz: - 'Capaz'!!! Vocês já ouviram esse 'capaz'? É lindo(...) Já ouviu o 'nem...? ' Completo ele fica: - Ah, 'nem' (...)

A propósito, um mineiro não pergunta: - Você não vai? A pergunta, mineiramente falando, seria: - 'Cê' não anima 'de' ir? Tão simples. O resto do Brasil complica tudo. É, ué, cês dão umas volta pra falar os trem(...) 

O plural, então, é um problema. Um lindo problema, mas um problema. Sou, não nego, suspeito. Minha inclinação é para perdoar, com louvor, os deslizes vocabulares das mineiras. Aliás, deslizes nada. Só porque aqui a língua é outra, não quer dizer que a oficial esteja com a razão. Se você, em conversa, falar: - Ah, fui lá comprar umas coisas... - 'Que' s coisa?' - ela retrucará. O plural dá um pulo(...) E se você acusar injustamente uma mineira, ela, chorosa,confidenciará: - Ele pôs a culpa 'ni mim'. A conjugação dos verbos tem lá seus mistérios, em Minas. 

Ontem, uma senhora docemente me consolou: 'preocupa não, bobo!'. E meus ouvidos, já acostumados às ingênuas conjugações mineiras, nem se espantam. Talvez se espantassem se ouvissem um: 'não se preocupe', ou algo assim. 

A fórmula mineira é sintética. E diz tudo. Até o tchau, em Minas, é personalizado. Ninguém diz tchau pura e simplesmente. Aqui se diz: 'tchau pro cê', 'tchau pro cês'. É útil deixar claro o destinatário do tchau.

Então neh, as mineiras são trem bão demais sô....

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O vídeo foi gravado por Ellen Matos em sua página no YouTube 

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Resista se Puder






sábado, 11 de abril de 2015

Artigo 304

Veja também - Hanna-Barbera



mentira, internet
Pinóquio
Vou ser direto:

Quanto mais a tecnologia avança, mais distantes ficamos da realidade/verdade.

Não acredita?

Hoje em dia é possível fazer de quase tudo através de internet: Compras, trocas, vendas, conhecer pessoas, utilizar serviços, falar com o mundo todo, etc. 

Alguns serviços oferecidos são bem interessantes , outros nem tanto, e alguns são realmente bem insanos, mas uma coisa é certa: “Não viveremos mais sem net!”

Com o incrível crescimento do acesso e a explosão de conteúdo, muitas coisas deixam de ser originais (isso já foi tratado aqui) e muitas outras não passam de fofocas, mentiras ou enganação.

Mas o que mais me chamou a atenção foi Lero-Lero v2.0 e o #4Devs.

O primeiro é um gerador automático de texto...incrível, você pode gerar um texto sem pé nem cabeça, vazio de sentido e muito prolixo. KKKKkkkk. Vale de tudo neste suporte. Você dá um título e diz quantidade de linhas e pronto, é gerado um maravilhoso texto pra boi dormir.

! Acho que esta ferramenta está sendo amplamente utilizada no congresso nacional, em Brasília !

Exemplo:

Textos interessantes para otários


          Caros amigos, a percepção das dificuldades é uma das consequências do levantamento das variáveis envolvidas. As experiências acumuladas demonstram que a complexidade dos estudos efetuados possibilita uma melhor visão global do sistema de formação de quadros que corresponde às necessidades. Gostaria de enfatizar que a necessidade de renovação processual estende o alcance e a importância dos níveis de motivação departamental. O cuidado em identificar pontos críticos na estrutura atual da organização aponta para a melhoria dos modos de operação convencionais.

          Assim mesmo, a execução dos pontos do programa garante a contribuição de um grupo importante na determinação das diversas correntes de pensamento.
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Mussum Ipsum
Se quiser experimentar clique aqui - Lero-Lero v2.0

O segundo é uma página com ferramentas gratuitas criadas com o intuito de ajudar programadores a incorporar alguns códigos em suas páginas ou softwares, mas... como tudo neste lindo Brasil, a coisa pode ser perigosa. No site também é possível gerar textos; neste caso são textos “Loren Ipsum” (Acho o Mussum Ipsum muito melhor), e também validadores de cartão, CPF, RG, trabalhar com datas,  e gerar números utilizando algum tipo de algoritmo, ou seja, gerar CPF, CEP, CNPJ, etc. E o mais legal...Gerar uma pessoa!! De papel, claro.

Veja como é fácil - #4Devs

Criar uma pessoa com nome, RG, CPF parece ser bem rápido e fácil, bem como gerar empresa com CNPJ e tudo mais, mas a utilização destes dados podem não ser tão legais assim. Existe até um alerta no rodapé da página:

IMPORTANTE: Nosso gerador online de Pessoa tem como intenção ajudar estudantes, programadores, analistas e testadores a gerar documentos. Normalmente necessários parar testar seus softwares em desenvolvimento.
A má utilização dos dados aqui gerados é de total responsabilidade do usuário.

falsidade, ideologica, fake, documentos
Pode ser crime
Ah, então tá.

Use com moderação! KKKkkkk

Considere que a utilização destes números de forma indevida é crime, conforme o código penal brasileiro:
Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302. (Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro). Pena - reclusão, de (2) dois a (6) seis anos, e multa.
Art.307 - Consiste em se fazer passar por outra pessoa, com o objetivo de obter alguma vantagem ou prejudicar outrem. Ex: cidadão que se identifica com nome fictício para obter crédito; indivíduo que se identifica falsamente como militar; pessoa que fornece nome falso quando presa em flagrante. Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.


Ou seja, criar uma pessoa pode ser divertido, mas a utilização destes dados para prejudicar, iludir ou causar dano a pessoa ou instituição é crime. Tanto faz se o documento é físico ou virtual. Como assim?

Usar estes dados para acessar a internet, fazer cadastro em sites e coisas deste tipo (leves), é crime desde que haja prejuízo a alguém.
Resumindo, enquanto ninguém se ferir, “the zoeira never ends

Você pode fabricar uma arma, comprar uma arma, portar uma arma; desde que não ameace ou atire em alguém!

Fui.