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domingo, 25 de setembro de 2011

Morte de uma Família

 
      Texto enviado por Tania:


Imagino que todos vocês que estão lendo este texto, já devem ter perdido, em algum momento da vida, um amigo.

Perder um amigo é muito ruim. Entretanto, é ruim pra nós, que ficamos.

Pra aquele amigo, que se foi, não foi nada. Ele morreu. Acabou. Ficamos tristes porque somos egoístas. Porque queremos esta pessoa perto de nós.

Perder um amigo não é nada. Difícil mesmo, é ver um amigo perder sua família toda.

Principalmente por culpa de um infeliz, babaca, que sem pensar nas consequências de seus atos, encheu a cara e pegou no volante!

Meu amigo Rafael Baltresca, perdeu a mãe e a irmã em um atropelamento, no sábado a noite. A única família que lhe restava, pois era orfão de pai.

Quando vemos um boyzinho imbecil dirigindo um Porche a 150km/h matando uma jovem, ficamos indignados, revoltados. Mas quando vemos alguém próximo, a quem queremos bem, perder toda a família em uma situação igual, nós sentimos a dor de perto. Arde no peito de maneira profunda.

E se fosse a minha irmã? E se fosse minha mãe? Ou meu pai ou minha esposa?

Dói só de imaginar.
Escrevo isso, porque tenho diversos amigos que adoram encher a cara de vez em quando. Amigos estes que sei que já dirigiram chapados, e ainda dirigem, sem pensar um segundo sequer no que essa atitude abominável pode trazer como consequência.

E na grande maioria das vezes, contam o ocorrido achando graça. São amigos. Mas são uns imbecis, que saibam disso! Embora goste deles, sempre pensei isso, e é a primeira vez que digo.

O pior, é saber que na infeliz e incompreensível maioria das vezes, são os bêbados que saem ilesos, andando dos carros, deixando um rastro de sangue que sequer mancha suas roupas.

Não adianta prender. Não adianta multar. Sequer proibir. É a cabeça das pessoas que está errada. Se você é um imbecilóide desses, e por acaso deu o azar de ler até o fim deste lamentável texto, ponha a mão na consciência. Tente, nem que seja por um segundo, imaginar sua família sendo estraçalhada por um carro dirigido por um inútil que encheu a cara só pra se enturmar, e resolveu testar seu peito de aço em uma avenida movimentada.

Imagine-se no chuveiro, escondendo suas lágrimas na água que corre pelo seu corpo, do choro insuportável oriundo da dor de saber que aquelas pessoas que você podia contar, aquelas que você amava do fundo do seu peito, nunca mais estarão ali.

NUNCA. Até o fim dos seus dias!

Se você tem algum sentimento de carinho, amor, escondido no meio de tanta babaquice, talvez você se identifique um pouco.

Esse foi um desabafo muito triste, e que infelizmente não vai atingir as pessoas como penso que deveria atingir.

Choro. Mas não pelo Baltresca apenas, mas por toda falta de amor ao próximo que permeia este mundo, e que não vai mudar se as pessoas não passarem a pensar em seus próprios atos.

Só peço que reflitam.

Minhas condolências Rafael.

Por Daniel Prado.



Tá publicado...é nóis

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