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segunda-feira, 9 de julho de 2012

Cartunista prodigio


Enquanto alguns meninos jogam bola, outros ficam no computador. Enquanto alguns meninos fazem seu primeiro bico, outros já estão dando entrevista no Jô Soares, ralando no trabalho e fazendo charges engraçadíssimas em grandes jornais sobre o mesmo assunto que se está falando na escola. 

João pedro montanaro, estante de livros, cartunista, charge

 
Este último caso é o de João Pedro Montanaro, cartunista de apenas 15 anos de idade que já assina trabalhos na Revista MAD e na Folha de São Paulo. Ele é fã de Glauco, Angeli, Laerte e cia; e não poderia ser diferente. 

Desenhar, para ele, sempre foi algo natural e não teve começo certo. Mas ele lembra de uma das primeiras tentativas sérias, aos seis anos, quando copiou um Bob Esponja da TV e mostrou ao pai.

Depois, começou a copiar o estilo de cartunistas famosos até achar o seu.

Lançou seu primeiro livro, "Cócegas no Raciocínio", e deve pegar de vez o apelido de "garoto prodígio". "Sou o Robin", brinca. 

João pedro montanaro, cócegas no raciocinio, cartunista, charge
 "Isso me incomoda um pouco, o 'menino prodígio' é alguém que aparece e logo some", diz. "Apesar de ser óbvio, não gosto que falem tanto na minha idade porque tira o foco do trabalho. Mas vou ter de lidar com isso por um tempo ainda, né?" 

Na estante, guarda algumas raridades, como um livro de charges de 1985, uma primeira edição de "Fábulas Fabulosas", do pai e um de seus primeiros contatos com esse universo, Millôr Fernandes.


Em entrevista Ilustrada com João Montanaro, feita por JuliaBolliger, soubemos algumas curiosidades sobre o cara…

 
João pedro montanaro, cartunista, charge, revista mad, folha de são paulo
1) Responsabilidade é assunto sério para o rapaz, que coloca o trabalho bem à frente da fama. Quando questionado sobre seu talento prodígio, João sabe ser humilde: “Creio que fui bem criado pelos meus pais e desenhar é a única coisa que faço realmente bem! É triste, mas é verdade hehehehe”

2) Uma recente charge de Montanaro sobre o tsunami japonês deu o que falar. A charge, que fazia alusão às xilogravuras de Katsushika Hokusai, foi mal interpretada pelo público (e pelos colegas de escola), como se Montanaro fizesse uma “piada de mau gosto” sobre a tragédia. A sorte foi ter sido defendido por ninguém menos do que Adão Iturrusgarai e Allan Sieber.

3) Atenção meninas, se estiverem a fim de enforcar as noites de sexta-feira porque é o dia de charge no jornal, o site IdeaFixa informa: João Pedro ainda não tem namorada.




Taí, mais um brasileiro causando...

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