Durante a segunda guerra mundial, Irena Sendler ( Irena Sendlerowa, em polaco) conseguiu permissão para entrar no Gueto de
Varsóvia como encanadora, e para fazer limpeza de esgoto. Toda vez que ela saia
do gueto, escondia uma criança no fundo de sua sua
caixa de ferramentas, ou em sacos de lixo. Ela salvou 2500 crianças da morte. Cada criança salva tinha o nome escrito em
papel, e escondido em uma jarra enterrada no quintal dela.
"A razão
pela qual resgatei as crianças tem origem no meu lar, na minha infância. Fui
educada na crença de que uma pessoa necessitada deve ser ajudada com o coração,
sem importar a sua religião ou nacionalidade."
Ela adestrou um cão, para fazer
barulho quando ela deixava o gueto, e assim atrair a atenção dos guardas nazistas.
"Consegui, para mim e minha companheira Irena Schultz, identificações do
gabinete sanitário, entre cujas tarefas estava a luta contra as doenças
contagiosas. Mais tarde tive êxito ao conseguir passes para outras
colaboradoras. Como os alemães invasores tinham medo de que ocorresse uma epidemia
de tifo, permitiam que os polacos controlassem o recinto."
Eram momentos extremamente difíceis, quando devia convencer os pais a que
lhe entregassem os seus filhos e eles lhe perguntavam: "Podes prometer-me que o meu filho viverá?". Disse Irena,
"O que poderia prometer, quando nem sequer sabia se conseguiriam sair
do gueto."
A única certeza era a de que as crianças morreriam se
permanecessem lá. Muitas mães e avós eram reticentes na entrega das crianças,
algo absolutamente compreensível, mas que viria a se tornar fatal para elas.
Algumas vezes, quando Irena ou as suas companheiras voltavam a visitar as
famílias para tentar fazê-las mudar de opinião, verificavam que todos tinham
sido levados para os campos da morte.
De início, as crianças que não tinham família adotiva foram cuidadas em
diferentes orfanatos e, pouco a pouco, foram enviadas para a Palestina.
As crianças só conheciam Irena pelo seu nome de código "Jolanta".
Mas anos depois, quando a sua fotografia saiu num jornal depois de ser premiada
pelas suas ações humanitárias durante a guerra, um homem chamou-a por telefone
e disse-lhe: "Lembro-me de seu rosto. Foi você quem me tirou do gueto."
E assim começou a receber muitas chamadas e reconhecimentos públicos.
Em 1965, a organização Yad Vashem de Jerusalém outorgou-lhe o título de Justa entre as Nações e nomeou-a cidadã
honorária de Israel.
Em Novembro de 2003 o presidente da República Aleksander Kwaśniewski,
concedeu-lhe a mais alta distinção civil da Polónia: a Ordem da Águia Branca. Irena foi acompanhada
pelos seus familiares e por Elżbieta Ficowska, uma das crianças que salvou, que
recordava como "a menina da colher de prata".
Em 2008, a CBS produziu o filme The Courageous Heart of Irena
Sendler que mostra os fatos mais importantes da luta de Irena. A intérprete
de Sendler, Anna Paquin, foi indicada ao Globo
de Ouro de 2010
"Fui educada na ideia de que é preciso salvar qualquer pessoa [que se
afoga], sem ter em conta a sua religião ou notoriedade", dizia Irena
Sendler.
Nascida a 15 de Fevereiro de 1910, a figura de Irena Sendler permaneceu relativamente desconhecida na Polónia, à imagem de Oskar Schindler, que morreu na pobreza, mas que viria a ser imortalizado no cinema pelo realizador Steven Spielberg na película "A Lista de Schindler"
Nascida a 15 de Fevereiro de 1910, a figura de Irena Sendler permaneceu relativamente desconhecida na Polónia, à imagem de Oskar Schindler, que morreu na pobreza, mas que viria a ser imortalizado no cinema pelo realizador Steven Spielberg na película "A Lista de Schindler"
Os nazista souberam dessas atividades e em 20 de Outubro de 1943; Irena
Sendler foi presa pela Gestapo e levada para a prisão de Pawiak onde foi
brutalmente torturada. Num colchão de palha encontrou uma pequena estampa de
Jesus Misericordioso com a inscrição: "Jesus, em Vós confio", e
conservou-a consigo até 1979, quando a ofereceu ao Papa João Paulo II.
Ela, a única que sabia os nomes e moradas das famílias que albergavam
crianças judias, suportou a tortura e negou-se a trair seus colaboradores ou as
crianças ocultas. Quebraram-lhe os ossos dos pés e das pernas, mas não
conseguiram quebrar a sua determinação. Foi condenada à morte.
Enquanto esperava pela execução, um soldado alemão levou-a para um
"interrogatório adicional".
Ao sair, gritou-lhe em polaco "Corra!". No dia seguinte Irena
encontrou o seu nome na lista de polacos executados. Os membros da Żegota
tinham conseguido deter a execução de Irena subornando os alemães, e Irena
continuou a trabalhar com uma identidade falsa.
Em 1944, durante o revolta de Varsóvia, colocou as suas listas em
dois frascos de vidro e enterrou-os no jardim de uma vizinha para se assegurar
de que chegariam às mãos indicadas se ela morresse. Ao acabar a guerra, Irena
desenterrou-os e entregou as notas ao doutor Adolfo Berman, o primeiro
presidente do comité de salvação dos judeus sobreviventes. Lamentavelmente, a
maior parte das famílias das crianças tinha sido morta nos campos de extermínio
nazistas.
12/05/2008 morreu aos 98 anos, e seu trabalho é
hoje continuado, em uma organização que se chama "vida numa jarra"
(life in a jar)
http://www.irenasendler.org/
Assista no YouTube ao filme que conta esta linda história.(filme completo)
Assista no YouTube ao filme que conta esta linda história.(filme completo)
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Até a próxima galera.
Fontes: https://pt.wikipedia.org/
http://www.irenasendler.org/
www.google.com.br
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