No meu tempo de moleque
Os monstros queriam dominar a terra,
Invadir mentes e corpos,
Mas o Ultraman Dava cabo de todos eles.
Hoje,
Os monstros,
Dominam o universo.
Matam de fome
De sede
E escravizam os mais fracos.
Os heróis,
São todos bunda-moles.
*do livro "Colecionador de pedras" Global Editora
Sérgio Vaz – é poeta da periferia, autor Subindo a ladeira mora a noite (1988), A margem do vento (1991), Pensamentos vadios (1994), A poesia dos deuses inferiores (2005), Colecionador de Pedras (2007), Cooperifa - Antropofagia Periférica (2008) e Literatura, pão e poesia (2011). Este último e o livro de 2007 saíram pela Global Editora. É também conselheiro da Revista Raça Brasil.
A insônia desse homem entroncado, de personalidade marrenta e traços que parecem esculpidos por Mestre Vitalino – o célebre ceramista de Caruaru – tem despertado um Brasil que dorme mesmo quando acordado. Em 2000, criou a Cooperativa Cultural da Periferia (Cooperifa), que é um "movimento de resistência cultural". Um evento que transformou um bar na periferia de São Paulo em centro cultural, e que, às quartas-feiras, reúne cerca de 500 pessoas para recitar textos e poemas. Este sarau está sendo reconhecido no Brasil e no mundo por seu caráter revolucionário.
Vaz é autor do Projeto Poesia Contra a Violência, que percorre as
escolas da periferia incentivando a leitura e criação poética como
instrumento de arte e cidadania.
Entre os dias 22 e 31 de maio, participou da Semana da Literatura Marginal em Berlim, juntamente com poetas angolanos, cubanos e alemães. Antes disso, no dia 16, esteve em Belo Horizonte, convidado do 56ª edição do Ofício da Palavra, realizado no Museu de Artes e Ofícios.
Sérgio acredita de verdade nas suas utopias. É talvez por isso que tantas pessoas se identificam com suas poesias e com o seu jeito de ver a vida. Acredita, isso é o que deveríamos fazer com mais freqüência em nossas vidas. É por pessoas como ele que ainda tenho esperança.
Suas poesias muitas vezes são duras, lembram, quase sempre, a realidade da periferia das grandes metrópoles. E como o Rap, é o grito dos excluídos a favor do inconformismo e contra a indiferença.
"...amar o que faz e não participar de um
movimento ideológico por frustração. Eu não odeio meu inimigo,
eu amo a minha causa. Sou uma pessoa que não briga, eu
luto. Briga tem hora para acabar, luta é para uma vida
inteira." - Disse o poeta é Revista Raça Brasil
Por tudo que tem feito em prol da cultura, venceu na categoria Inclusão Cultural, tanto pela escolha do júri quanto
pela votação popular, o Prêmio Governador de São Paulo de 2011,
concedido pela Secretaria de Cultura da capital paulista. Ele também foi
o mais votado pelo público na modalidade Destaque Cultural, pelo
conjunto da obra. Recebeu, ainda, o prêmio Heróis Invisíveis, do
jornalista Gilberto Dimenstein e foi condecorado pela principal, apesar
de já extinta, premiação do hip hop brasileiro, o Prêmio Hutúz.
Se você acha que está difícil, toque uma idéia com este palmeirense que prefere os livros aos campos de futebol.
fontes http://musicapoesiabrasileira.blogspot.com.br/
http://jornadasliterarias.upf.br/15jornada/index.php
http://racabrasil.uol.com.br/index.asp
http://www.mao.org.br/port/default.asp
http://www.rapnacional.com.br/portal/
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