Música sertaneja ou sertanejo é um gênero musical do Brasil produzido a partir da década de 1910, outrora chamada genericamente de modas, toadas, cateretês, chulas, emboladas e batuques, cujo som da viola é predominante, fragmentos de cantos tradicionais rurais do interior paulista, sul e triângulo mineiros, sudeste goiano e matogrossense.
Uma nova fase na história da música sertaneja teve início após a Segunda Guerra Mundial, com a incorporação de novos estilos (de duetos com intervalos variados e o estilo mariachi), gêneros (inicialmente a guarânia e a polca paraguaia e, mais tarde, o corrido e a ranchera mexicanos) e instrumentos (como o acordeom e a harpa). A temática vai tornando-se gradualmente mais amorosa.
A introdução da guitarra elétrica e o chamado "ritmo jovem", pela dupla Léo Canhoto e Robertinho, no final da década de 1960, marcam o início da fase moderna da música sertaneja. Um dos integrantes do movimento musical Jovem Guarda, o cantor Sérgio Reis passou a gravar na década de 1970 repertório tradicional sertanejo. Renato Teixeira
foi outro artista a se destacar.
Naquele período, a música sertaneja era originalmente executada no circo, alguns rodeios e principalmente as rádios AM. Já a partir da década de 1980, essa penetração estendeu-se às rádios FM e também à televisão .
Durante os anos oitenta, houve uma exploração comercial, e a tendência romântica da música sertaneja. Surgiram inúmeros artistas, entre os quais, Trio Parada Dura, Chitãozinho & Xororó, Leandro & Leonardo, Zezé Di Camargo e Luciano, Chrystian & Ralf, João Paulo & Daniel, Chico Rey & Paraná, João Mineiro e Marciano, Gian e Giovani, Rick & Renner, Gilberto e Gilmar, além das cantoras Nalva Aguiar e Roberta Miranda.
Houve uma crescente influência da música country norte-americana e da estética cowboy, e também maior interesse pelas festas de rodeio e feiras agropecuárias, palcos para os novos cantores
Na década de 2000, um movimento chamado por alguns de sertanejo universitário, com nomes como Guilherme & Santiago, Marcos e Léo, João Bosco & Vinícius, César Menotti & Fabiano, Victor & Leo, Fernando & Sorocaba, Marcos & Belutti; o movimento que antes tinha como foco de surgimento de duplas e artistas sertanejos no estado de Goiás, hoje tem eleito novos ídolos como Micel teló, Paula Fernandes; e do estado de Mato Grosso do Sul como a revelação escolar Luan Santana e a dupla Maria Cecília & Rodolfo. Porém, Goiás não deixou de revelar nomes no cenário nacional, surgiram os já citados Jorge & Mateus e João Neto e Frederico, e outros.
História
Não se pode jamais falar sobre música sertaneja raiz sem mencionar
Cornélio Pires, pois foi graças a ele que chegaram aos discos as
primeiras gravações dos genuínos caipiras, a partir de 1929.
"CORNÉLIO PIRES" nasceu em 13 de julho de 1884 na chácarade seus tios no Bairro de Sapopemba em Tietê, estado de São Paulo.
Filho de Raimundo Pires e Anna Joaquina de Campos
(Dona Nicota). Segundo confidenciou a amigos posteriormente, devia
chamar-se Rogério, mas na hora o padre, velho e surdo, ouvindo muito mal
entendeu Cornélio, e assim ficou.
Morou também em Santos, Botucatu e Piracicaba,
exercendo atividades de tipógrafo, repórter, professor de educação
física.
Em 1910 lança seu primeiro livro "Musa Caipira" com enorme sucesso. Produziu um total de 24 livros onde se destacavam: "Quem Conta um Conto", "Cenas e Paisagens de Minha Terra", entre outros.
Em 1910 lança seu primeiro livro "Musa Caipira" com enorme sucesso. Produziu um total de 24 livros onde se destacavam: "Quem Conta um Conto", "Cenas e Paisagens de Minha Terra", entre outros.
Em "Conversas ao
Pé do Fogo", diz: -"Sua música se caracteriza por suas letras românticas, por um canto triste que comove e lembra a senzala e a tapera, mas sua dança é alegre".
Foi o autor do primeiro disco caipira gravado em 1929.
Morreu em São Paulo, em 17 de fevereiro de 1958, aos 74 anos.
Os pioneiros da "musica caipira", na década de 1920, início da revolução musical caipira; foram:
* Cornélio Pires e seus caipiras,
* Ferrinho,
* Sebastião Ortiz de Camargo,
* Caçula e Mariano (tio e pai,
respectivamente, do sanfoneiro Caçulinha),
* Arlindo Santana e Zico Dias.
* Mandy
e Sorocabinha
O Jorginho do Sertão
Rapazinho de talento
Numa carpa de café
Enjeitô treis casamento
Logo veio o seu patrão
Cheio de contentamento
(tenho treis filhas "sorteira que
Ofereço em casamento)
Logo veio a mais nova
Vestidinho cheio de fita
Jorginho case comigo
Que das treis
Sô a mais bonita
Logo veio a do meio
Vestidinho cor de prata
Jorginho case comigo
Ou então você me mata
Logo veio a mais véia
Por ser mais interesseira
Jorginho case comigo
Sou a mais trabaiadeira
Jorginho pegou o cavalo
Ensilhô na mesma hora
Foi dizê pra morenada
Adeus que eu já vou me embora
Na hora da despedida,
Ai, ai, ai
É que a morenada chora
Ai, ai, ai
O Jorginho arresorveu
É melhor que eu mesmo suma
Não posso casá cum as treis, ai
Eu num caso cum nenhuma
Rapazinho de talento
Numa carpa de café
Enjeitô treis casamento
Logo veio o seu patrão
Cheio de contentamento
(tenho treis filhas "sorteira que
Ofereço em casamento)
Logo veio a mais nova
Vestidinho cheio de fita
Jorginho case comigo
Que das treis
Sô a mais bonita
Logo veio a do meio
Vestidinho cor de prata
Jorginho case comigo
Ou então você me mata
Logo veio a mais véia
Por ser mais interesseira
Jorginho case comigo
Sou a mais trabaiadeira
Jorginho pegou o cavalo
Ensilhô na mesma hora
Foi dizê pra morenada
Adeus que eu já vou me embora
Na hora da despedida,
Ai, ai, ai
É que a morenada chora
Ai, ai, ai
O Jorginho arresorveu
É melhor que eu mesmo suma
Não posso casá cum as treis, ai
Eu num caso cum nenhuma
Moda do peão
Cornélio Pires
Quando eu era criancinha
Tinha mar inclinação
Eu arriscava a minha vida
Pra montá em qualquer pagão...
Oi, vida é a minha!
Eu domava burro brabo
E chegava no mourão
O macho cavava a terra
Levanta poera no chão...
Oi, vida é a minha!
Do que eu tinha mais vergonha
Das duas filhas do patrão
Ai, que tavam dando risada:
"Vamo ve o jeito do peão!..."
Oi, vida é a minha!
Ai, quando eu entrei pra dentro
Calculo o milho na mão
Ai, eu carcei o meu par de espora
Com bem dor de coração...
Oi, vida é a minha!
Ai, quando eu muntei no macho
No descer de um ladeirão
Ai, eu vi a morte p'los olhos
No meio de um chapadão...
Oi, vida é a minha!
O macho pulava alto
Que formava cerração
Eu encontrei com meu benzinho
Nem não pude dar a mão...
Oi, vida é a minha!
Eu arriscava a minha vida
Pra montá em qualquer pagão...
Oi, vida é a minha!
Eu domava burro brabo
E chegava no mourão
O macho cavava a terra
Levanta poera no chão...
Oi, vida é a minha!
Do que eu tinha mais vergonha
Das duas filhas do patrão
Ai, que tavam dando risada:
"Vamo ve o jeito do peão!..."
Oi, vida é a minha!
Ai, quando eu entrei pra dentro
Calculo o milho na mão
Ai, eu carcei o meu par de espora
Com bem dor de coração...
Oi, vida é a minha!
Ai, quando eu muntei no macho
No descer de um ladeirão
Ai, eu vi a morte p'los olhos
No meio de um chapadão...
Oi, vida é a minha!
O macho pulava alto
Que formava cerração
Eu encontrei com meu benzinho
Nem não pude dar a mão...
Oi, vida é a minha!
Bão demais, sô...
fontes: http://pt.wikipedia.org
www.recantocaipira.com.br
www.youtube.com
www.google.com.br
http://redesertaneja.com.br
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