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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A Perda

Hoje o dia nasceu chuvoso em BH, triste e cinzento. 

Provavelmente por causa da perda dolorosa deste final de semana. Perda de vidas que faziam a diferença para muitos que estavam ao seu alcance. Perda de esperança por muitos que viram a violência, a mentira, o descaso e a impunidade tomar conta de cada cantinho deste mundo desolado. 

Um planeta lindo, maravilhoso e rico, reduzido a misérias humanas causada na maioria das vezes pela ganância de poderosos. 

A perda de vidas parece já sem importância, uma vez que morrem centenas de pessoas todos os dias por falta de recursos básicos de alimentação, acesso a remédios, ou pela violência gratuita de governos, facções e marginais de toda espécie. 

Mas este quadro já foi descrito aqui nO Externauta, e sabemos que mostrar nossa indignação aqui na NET é chover no molhado. 

Cenário apocalíptico; fome, guerras, sede, doenças, violência, medo, etc... É o Armagedon em sua forma mais cruel, a indiferença. 

O mundo em colapso, as pessoas vivendo uma vida miserável; e nada mais nos abala. Fica sempre a impressão que ontem foi melhor que hoje. 

E o dia está chuvoso... tudo fica mais quieto, um pouco mais longe do calor das paixões... o céu encoberto... choram as perdas de cada dia... 

A saudade dos que se foram, cedo demais talvez, fica maior quando ouvimos o noticiário que repete as mesma mazelas de sempre. 

Acredito que todos os bons que se foram já estavam além deste mundo, eram tão melhores que nós que não tinham mais o que fazer conosco, pobres imundos mortais. 

E os maus? 

Estes estão tão aquém de nós que já foram tarde. 

É a faxina universal em ação, a separação dos bons e dos maus, o joio do trigo. 

Só pode ser isso. 

E a chuva lava a alma. 

Em memória de
Andresa Berlinck

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