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quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Feliz Natal

O Externauta deseja a todos um feliz Natal
Que a paz e a prosperidade sejam permanentes

Assim como o aniversariante deste dia desejou a todos nós!



quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Amigos Ocultos e Inimigos Declarados



Tenho experimentado o amargo das discussões irracionais e pervertidas de alguns auto-declarados doutores em altercação.

doutorDoutores por se acharem exímios articuladores de palavras e ideias que tentam jogar por terra qualquer ideologia que não seja a sua. E auto-declarados, porque não sei o que os habilita em tal ocupação.

Deixe-me explicar melhor... Algumas pessoas se prestam a ofender, ridicularizar e agredir pessoas que pensam e agem diferente do que eles consideram como correto.

Quando estas pessoas expressam repudio a outras que diferem de seu comportamento, gosto musical, preferência a um time de futebol ou preferir praia á montanha; não significa nada além de pura intolerância e paixão.

Estas escolhas são baseadas em sentimentos, e esta constatação por si só deveria por fim a qualquer embate. Você pode ser vegetariano enquanto outro, religiosamente, promove churrasco todo final de semana. Mas neste ínterim, esbarramos em outro tópico importante: As consequências de suas escolhas. Você é livre para cumprir as leis, mas lhe é imposto o rigor da justiça (ou não).

Outras escolhas afetam o meio em que vive, e isto inclui seu corpo, sua casa, seu bairro, sua cidade; culminando nas forças do universo. “Cada ser humano é um universo”, é uma frase bem conhecida, mas não vamos enredar por este lado. (isso fica pra outra postagem)

Sejamos mais objetivos. Tomar partido ou expressar opinião baseada em paixão, é como julgar o elefante pela sua capacidade de voar. Tachar este ou aquele por suas preferências, é preconceito e burrice.

televisão, idiota
Quem é melhor? O Corintiano, o azul ou a sardinha? Entenderam?

Não é possível basear-se nestas escolhas, porque são pessoais, e só dizem respeito a você. No meu caso prefiro azul...rs.

No campo ideológico os entraves são mais complexos, isso porque alguns se baseiam neste ou naquele pensamento, mas não conseguem avaliar claramente as organizações (religiosas ou não)  como um todo por simples falta de conhecimento.

Dentre todos os sentimentos a fé parece ser a mais abstrata.

Até mesmo os ateus tem fé, aceitem ou não. Isso é fundamental , acreditar é opcional pois se trata de sentimento, entender é parte do raciocínio. Logo, você pode entender as razões pela qual um homem mata a outro, aceitar é outra coisa. Esta tem sido a grande falha destes “doutores”; não entendem ou sequer dão ouvidos a outras opiniões e não se informam sobre aquilo que tantos são contrários.

Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas.” Sun Tzu, A Arte da Guerra.

Como pode alguém opinar sobre arte sem nunca tê-la estudado? E isto vale para todos os campos. Ler é sinônimo de estudar, trocar horas de estudo sério por opiniões de quem “ouviu falar” é muito limitante intectualmente. Antes de falar sobre religiões procure fontes seguras destas mesmas. Eis alguns tratados fundamentais para tem um mínimo de discernimento:

·         * Mentisses ao Espirito Santo - Leandro Bertoldo
·         * A Bíblia Sagrada - João Ferreira de Almeida, versão atualizada;
·         * O mundo de Sofia - Jostein Gaarder
·         * Exilados de Capela -  Edgard Armond
·         * Apologia a Sócrates - Platão
·      * A Gênese, O livro dos Médiuns, O livro dos Espíritos, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno – Allan Kardec
·         * Explanação sobre o Sutra de Lótus - brasil-seikyo

religiões, origem
Com base no que disse anteriormente, LI TODOS ESTES LIVROS! E quase outros 200, entre histórias, tratados, romances, etc. 

Além é claro de ler sobre a vida e obra de Albert Camus, Aristóteles, Jean-Paul Sartre, Charles Darwin, Galileu Galilei, João Calvino, Martinho Lutero, Friedrich Nietzsche, Ellen G. White, Chico Xavier, William Miller, Siddhartha Gautama, Nitiren Daishonin,  entre outros. Além, é claro, de estudar sobre a origem e dogmas do Hinduísmo, Xintoísmo, Cristianismo, Protestantismo, Religiões africanas, Paganismo, etc. Isto serve única e exclusivamente para basear minha própria opinião, não fazendo de mim um expert em nenhuma destas vertentes, logo, não cabe a mim impor minha posição a ninguém.
Somente com minucioso estudo é possível visualizar um mínimo de conhecimento sobre a fé.

Assistir documentários e palestras sobre estes assunto também ajudam a filtrar as informações, coisa bem dificil hoje em dia considerando que todo mundo quer opinar e fazer valer sua escolha.

Ou então, continue falando do que não sabe, afinal, hoje em dia “todos acham alguma coisa, ninguém sabe nada!” Dr. Enéas Carneiro.


biblioteca, verdade


"A verdade está nos livros" mas, "não acredite em tudo que lê", quem disse isso?!?!? Sei lá, ouvi falar...

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Este é um texto de opinião, e você tem todo direito de discordar...


Fontes: além dos livros supracitados;
amigos;
inimigos;
doutores em altercação

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O Pequeno Bosque

Shorin-ryu (小林流 ou 松林流 ou 少林流) é um estilo de Karatê originário de Okinawa e de cujo desmembramento surgiram vários dos demais estilos de Karatê hoje praticados no mundo, como o Shotokan, o Shito-ryu e o Wado-ryu. Shorin é a pronúncia japonesa da palavra chinesa Shaolin, que quer dizer "Pequeno Bosque", sendo assim, como Ryu significa Estilo, Shorin-ryu seria o "Estilo do Pequeno Bosque".

As raízes do estilo Shorin-ryu se confundem com as raízes do próprio Karate e remontam ao fim do século XVIII, na ilha de Okinawa. Conhecida como uma “Corda no Oceano”, está situada no Oceano Pacifico áquela época, a ilha era a sede do hoje extinto Reino de Ryukyu, que englobava todas as ilhas do arquipélago de Ryukyu, hoje pertencentes ao Japão.

Por duas vezes houve proibição do uso de armas em Okinawa. Nessa época a Ilha estava dividida em três Estados: Nazan, Chuzan e Hokuzan.
Em função de necessidade, o Karate-Do assumiu maior valor. Aqueles que não podiam usar armas, aperfeiçoaram e usaram o Karate-Do como meio de defesa ao enfrentar adversários armados.

O Karate-Do se desenvolveu em três locais diferentes de Okinawa: Na capital Shuri, denominando-se “Shuri-Te”; na cidade comercial de Naha, denominando-se “Naha-Te” e na cidade portuária de Tomari, “Tomari-Te”.
Shuri-Te e Tomari-Te deram origem ao estilo “Shorin” e Naha-Te ao estilo “Goju”.
Atualmente existem vários estilos que surgiram como derivação do Shorin-Ryu e do Goju-Ryu, ou como conseqüência da integração dessas duas raízes.

Progressão de faixas

No estilo Shorin-ryu os caratecas começam na faixa branca, como na grande maioria dos estilos de Karate e a coloração de suas faixas vai escurecendo até chegar à preta, quando se inicia uma nova contagem de progressão, muito mais lenta. Karatecas que não são faixas pretas são chamados de Mudansha ou Dangai (sem Dan), enquanto os que já atingiram a faixa preta são chamados de Yudansha. A progressão de faixas do estilo é a seguinte:

arte marcial,, karateOs Dangai ou Mudansha são:
  • 7º Kyu = Branca
  • 6º Kyu = Amarela
  • 5º Kyu = Laranja
  • 4º Kyu = Azul
  • 3º Kyu = Verde
  • 2º Kyu = Roxa
  • 1º Kyu = Marrom
Obs.: Alguns dojos ainda utilizam uma faixa vermelha entre as faixas branca e amarela, destinada a caratecas considerados muito jovens para progredirem à faixa amarela. A idade mínima para se atingir a faixa preta era de 18 anos completos. Hoje, como a idade mínima para a faixa preta é de 14 anos.

Os Yudansha são:
  • 1º ao 5º Dan = Faixa Preta com uma listra horizontal para cada Dan
  • 6º Dan = Faixa Preta com as pontas em Vermelho e Branco (Ponta Coral) ou apenas Faixa Preta sem ponta alguma
  • 7º e 8º Dan = Faixa Vermelha e Branca (Coral)
  • 9º e 10º Dan = Faixa Vermelha
Obs.: Caratecas de 1º e 2º dan são chamados de Sensei, os de 3º e 4º Dan são chamados de Shihan, os de 5º e 6º Dan são chamados Renshi, os de 7º e 8º Dan são chamados Kyoshi e os de 9º e 10º Dan são chamados Hanshi. Karatecas acima do 7º Dan receberá o título honorífico de Kodansha.

Kata

As técnicas do estilo são aperfeiçoadas através do treino de kihon (exercícios fundamentais), kata (exercícios formais) e kumite (luta), incorporando princípios filosóficos, tanto na teoria quanto na prática.

Relação de Katas Oficiais da Shorin-Ryu:



01- Naihanchi Shodan
02- Fukyu-Gata Dai Ichi
03- Naihanchi Nidan
04- Naihanchi Sandan
05- Fukyu-Gata Dai Ni
06- Pinan Shodan
07- Pinan Nidan
08- Pinan Sandan
09- Pinan Yondan
10- Pinan Godan
11- Itosu no Passai (Passai Sho)
12- Kusanku Sho
13- Matsumura no Passai (Passai Dai)
14- Kusanku Dai
15- Chinto
16- Jion
17- Gojushiho
18- Teesho
19- Koryu Passai
20- Unshu
21- Ryuko

Ao chegar ao 5º DAN, o karateca do estilo Shorin-ryu deve saber fazer e demonstrar com maestria as técnicas contidas nestes 21 Kata.

Ordem dos Katas de acordo com a categoria de faixa:

7º Kyu (Faixa Branca): Fukyu-Gata Dai Ichi e Naihanchi Shodan
6º Kyu (Faixa Amarela): Katas de 7º Kyu + Naihanchi Nidan
5º Kyu (Faixa Laranja): Katas de 6º Kyu + Naihanchi Sandan e Fukyu Gata Dai Ni
4º Kyu (Faixa Azul): Katas de 5º Kyu + Pinan Shodan
3º Kyu (Faixa Verde): Katas de 4º Kyu + Pinan Nidan e Pinan Sandan
2º Kyu (Faixa Roxa): Katas de 3º Kyu + Pinan Yondan e Pinan Godan
1º Kyu (Faixa Marrom): Katas de 2º Kyu + Passai Sho e Kussanku Sho
Faixa Preta Shodan: Katas de 1º Kyu + Passai Dai, Kussanku Dai e Chinto
Faixa Preta Nidan: Katas de Shodan + Jion, Gojushiho e Teesho
Faixa Preta Sandan: Katas de Nidan + Koryu Passai e Unshu
Faixa Preta Yondan em diante: Todos os Katas Shorin

Mestres do estilo Shorin-ryu.


Reino de ryukyu, karate
Bandeira do Reino de Ryukyu, berço do Karate

  Peichin Takahara (1683 - 1760)


Nascido na vila de Akata Cho, Takahara viveu a maior parte da vida na cidade de Shuri, capital do Reino de Ryukyu, e foi o maior Mestre de Te (mão) à sua época. O Te era uma arte marcial nativa de Okinawa e cujo nome significava simplesmente "mão", por ser uma forma de luta praticada sem armas.



Por volta de 1750, um monge budista chinês do Monastério Shaolin chamado Kusanku foi enviado a Okinawa como uma espécie de embaixador. Àquela época, Ryukyu era um reino independente, mas cultural e comercialmente dependente da China Imperial. Kusanku era praticante de Kung fu (na época chamado Chuan fa), e ambos trocaram conhecimentos sobre artes marciais, mas não desenvolveram nenhuma relação Professor-Aluno.

Kanga Sakukawa (1733 - 1815)

Quando Kusanku chegou a Okinawa, Sakukawa contava cerca de 18 anos e era o mais prodigioso aluno de Takahara. O velho Mestre já estava com quase 70 anos, enviou, então, seu pupilo para ser treinado pelo monge chinês.

Henan, kung fu, shorin ryu, karate
Templo Shaolin, em Henan
Sakukawa, já à época um grande praticante de Te, se tornou, então, discípulo de Kusanku, com quem se diz, inclusive, que chegou a visitar a China e o próprio Monastério Shaolin. Quando Kusanku faleceu, em 1762, Sakukawa já dominava amplamente tanto o Te de Okinawa, quanto o Kung Fu da China. Passou, então a ser o Grão-Mestre do Te de Shuri, assumindo o lugar de Takahara, falecido dois anos antes.
Em homenagem a Kusanku, Sakukawa criou os dois katas que levam o nome do monge Shaolin: Kusanku Sho (Kusanku menor) e Kusanku Dai (Kusanku maior).
Por volta de 1812, aceitou como discípulo o jovem Sokon Matsumura.

Sokon Matsumura (c. 1800 - c.1890)

Em 1815, quando Sakukawa faleceu, Matsumura estava apto a dar prosseguimento a seus ensinamentos.
O treinamento de Matsumura naquela arte que vinha se configurando a partir da mistura do Kung Fu com o Te não só lançou as bases do Karate Shorin-Ryu (mão vazia), mas também fez com que a prática de artes marciais, até então restrita ao campesinato, atingisse a nobreza, da qual o próprio Matsumura fazia parte.
Diz-se que nunca perdeu uma luta, desde o início de seu treinamento até sua velhice, sendo seu embate mais famoso (e o único que não venceu, mas empatou) contra um marinheiro náufrago oriundo provavelmente da China, cujo nome era Annan.
Annan fora o único sobrevivente do navio em que estava, na costa de Okinawa, e conseguiu chegar à ilha nadando. Como não sabia falar o idioma local e como era exímio lutador, estava se aproveitando de sua habilidade para roubar comida e outras coisas das vilas próximas a Shuri. Matsumura foi, então, chamado para lidar com o problema, mas o estrangeiro se mostrou um oponente muito superior a todos os outros que já havia enfrentado ou que ainda viria a enfrentar. Num determinado momento da luta, ambos se viram impossibilitados de vencer e resolveram parar o embate, chegando a um acordo. Matsumura deixou que Annan partisse sem ter que responder pelos crimes que havia cometido e, em troca, Annan ensinou-lhe algumas de suas técnicas, que Matsumura viria a compilar num Kata chamado Chinto (Marinheiro do Leste).
Criou diversos Katas: Naihanchi (depois dividido em três partes), Passai (depois dividido em duas versões), Gojushiho, Chinto e Hakutsuru (este não praticado pela Shorin-ryu).

Anko Itosu (1831 - 1915)

mestre, karate
Mestre Anko Itosu
Aluno de Matsumura, Itosu esteve presente em momentos decisivos da História de Ryukyu e do Japão. Era ele o General Supremo do Reino quando de sua anexação ao Japão, em 1879.

O Rei Sho Tai, último monarca de Ryukyu, foi morar em Edo (Tóquio), onde recebeu o título de Kazozu (equivalente a Marquês).

Devido à grande influência chinesa sobre o Karate da época, a arte marcial não encontrou receptividade num Império sinófobo como o japonês.
Foi dele a ideia do treinamento com Makiwara, espécie de boneco de madeira rígida, para calejar as mãos e os pés, a fim de potencializar os golpes. Outra grande inovação de Itosu foi ter tornado o Karate mais acessível às crianças através da invenção dos primeiros Kihons e da divisão do imenso Kata Naihanchi, criado por seu Mestre, em três Katas menores: Naihanchi Shodan, Nahanchi Nidan e Nahanchi Sandan. Ele também particionou os dois Katas Kusanku (criados por Sakukawa) em cinco Katas menores, os quais batizou de Pinan, a dizer: Pinan Shodan, Pinan Nidan, Pinan Sandan, Pinan Yondan e Pinan Godan.
Há uma grande discussão histórica sobre o papel de Itosu em relação ao Karatê em geral e ao estilo Shorin-ryu em particular.

Embora alguns debatam sobre se Matsumura ou Itosu seria o fundador do Estilo, o único consenso que existe é que Chibana foi seu primeiro Grão-Mestre.

Choshin Chibana (1885 - 1969)

Ao contrário de Matsumura, que teve grande dificuldade para encontrar um discípulo à altura de suas técnicas, Itosu encontrou discípulos de qualidade em grande abundância, talvez por ter se empenhado na disseminação do Karate por Okinawa através de sua implantação no ensino público regular. Seja como for, ao menos cinco de seus discípulos merecem alguma nota de importância: Anbun Tokuda (1886 - 1945), Shugoro Nakazato (1921 - 2008), Yuchoku Higa (1910 - 1994), Gichin Funakoshi (1868 - 1957) e Choshin Chibana.
mestre, karate
Gichin Funakoshi, fundador do estilo Shotokan

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Mestre Choshin Chibana


Com a morte de Itosu, seus discípulos se desentenderam acerca da sucessão do Mestre, mas coube a Chibana ocupar o título de Grão-Mestre do estilo. Muitos vêem neste ato a criação do Shorin-ryu, enquanto outros apenas veem a consolidação de sua existência já então muito antiga.
Tecnicamente, com a anexação de Ryukyu, o Karate já era uma arte marcial japonesa, mas a verdade é que ele era quase desconhecido (e visto com maus olhos) no arquipélago principa. Funakoshi dedicou-se a alterá-lo a fim de contornar a intolerância japonesa para com os costumes e ideias de origem chinesa. Assim, alterou nomes (traduzindo todas as palavras chinesas para o japonês; diz-se, inclusive, que o próprio nome Karate seria uma niponização de Tang Te, usado até então) e algumas bases, de modo a criar diferenças sutis, mas suficientes para tornar a arte marcial palatável aos japonses. Fundou então um dojo, ao qual deu (ou, segundo outra versão da história, seus alunos deram) o nome de Shotokan, literalmente, "Escola do Shoto", sendo que Shoto (Vento nos Pinheiros) era seu apelido. Até mesmo o uniforme de treino do Karate foi niponizado, uma vez que o primeiro Karate-Gi utilizado por Funakoshi era, na verdade, um Judo-Gi, ou seja, um kimono de Judo.

mestre, karate
Choki Motobu

Katsuya Miyahira (1918 - 2010)

Após a morte de Chibana, o título Grão-Mestre do estilo Shorin-ryu passou a seu mais proeminente discípulo: Katsuya Miyahira.

A fim de competir com as escolas nascentes, Miyahira transformou seu dojo numa escola: a ''Shidokan''. Com sua criação, o Mestre passou a atuar mais diretamente na disseminação do estilo e, dessa forma, tentou mantê-lo unido até o fim de sua vida.
Um dos grandes feitos de Miyahira, enquanto ainda era aluno de Chibana, foi ter se tornado professor do grande mestre Choki Motobu (1870 - 1941), com quem desenvolveu uma relação de mútuo aprendizado.
Uma recente alteração introduzida por Miyahira no estilo Shorin-ryu foi a renomeação dos dois Katas Passai: o antigo Passai Sho (Passai menor) passou a ser chamado Itosu no Passai (Passai de Itosu, em homenagem àquele Grande Mestre do passado); já o antigo Passai Dai (Passai maior) passou a se chamar Matsumura no Passai (Passai de Matsumura).
Katsuya Miyahira veio a falecer no dia 27 de novembro de 2010, com 92 anos de idade, devido a falência múltipla dos órgãos. Seu sucessor como presidente mundial do estilo Shorin-ryu e da escola Shidokan ainda não foi definido.

O estilo Shorin-Ryu se divide hoje em sete escolas, cada uma delas comandada por um Hanshi, são elas:

Shidokan

Em 1948, após atingir o 4º Dan, Katsuya Miyahira (1918-2010) fundou seu primeiro Dojo, ao qual deu o nome de Shidokan, conforme os anacletos de Confúcio (capítulo VII, versículo VI, do livro IV, volume XX):
Determine-se de coração a sempre seguir o caminho.
Fique próximo do sol da virtude e dele não se afaste.
Acredite no poder da benevolência como seu apoio.
Obtenha prazer através dessas técnicas.
Em 1969, após a morte de Chibana, Miyahira recebeu dele os selos oficiais do estilo Shorin-Ryu e, por conta disso, foi eleito presidente do estilo. Sua eleição frustrou muitos de seus colegas, especialmente os mais velhos, o que precipitou a criação de diversas das escolas do estilo Shorin-Ryu. Por sua vez, Miyahira transformou seu Dojo numa escola, nascendo assim a Shidokan.
Hoje a Shidokan se espalha por onze países além do Japão.Entre eles está o Brasil: Em 1990 Kazunori Yonamine foi autorizado por Miyahira a comandar a Shidokan no Brasil. Ele é hoje um Hanshi de 9º Dan.
Em Okinawa, a escola é a maior representante do estilo, tendo 25 dojos.

Shorinkan

Shugoro Nakazato (1919-) iniciou sua prática no Karate dentro do estilo Shito-Ryu, mas após a Segunda Guerra Mundial, tornou-se aluno de Choshin Chibana.
Após a morte de Chibana, em 1969, Shugoro Nakazato assumiu o título de vice-presidente do estilo Shorin-Ryu. Até 1975 ele se manteve no cargo, mas nesse ano, renunciou e fundou sua própria escola do estilo: a Shorinkan, a qual preside até hoje.

Kyudokan

Em 1941, Yuchoku Higa (1910-1994), que já havia treinado com grandes mestres de Shuri-te e Naha-te, tornou-se aluno de Choshin Chibana, tornando-se o primeiro de seus alunos a atingir o 9º Dan e receber a graduação de Hanshi. Em 1947, ele fundou seu Dojo, o qual batizou de Kyudokan.
Em 1961, Higa foi nomeado vice-presidente do estilo Shorin-ryu, mas após a morte de Chibana ele foi substituído na vice-presidência por Shugoru Nakazato.
Em 1976, Katsuya Miyahira, elevou-o ao 10º Dan e, a partir de então, Higa transformou seu Dojo na sede de mais uma escola do estilo Shorin-Ryu: a Kyudokan, que hoje conta com mais de dez mil alunos nos vinte e três países em que está presente. O trabalho de difusão da escola foi operado por Benito Higa (América do Sul) e Oscar Higa (Europa), descendetes de Yuchoku.
Desde a morte de Yuchoku, a escola vem sendo comandada por seu filho, Minoru Higa (1941-), Hanshi de 9º Dan.

Matsubayashi

Em 1947, Shoshin Nogamine (1907-1997), aluno de Choki Motobu, fundou seu dojô ao qual deu o nome de Matsubayashi em homenagem a Sokon Matsumura e a Kosaku Matsumora (mestre de Tomari-te).
Abdicando de muitos dos katas originais do estilo, a escola é hoje conhecida também como Matsubayashi-Ryu, sendo que a terminação Ryu (estilo), indica que ela esteja muito adiantada no caminho de se desvincular do estilo Shorin-Ryu e se tornar um estilo próprio.
Desde 1997, com a morte Shoshin Nogamine, a escola vem sendo comandada por seu filho, Takayoshi Nogamine, Hanshi de 10º Dan, que busca ensinar a seus alunos de acordo com os escritos de seu pai nos livros A Essência do Karate-do e Contos dos Grão-Mestres de Okinawa.
Muitos praticantes desta escola consideram-na como o verdadeiro Shorin-Ryu, inclusive chamando-a, muitas vezes apenas de Shorin-Ryu, como se as demais escolas do estilo não existissem.

Seibukan

Em 1946, Zenryo Shimabukuro (1908-1969), fundou seu primeiro Dojo, onde ensinava principalmente a seus familiares. Contudo, a ocupação norte-americana de Okinawa lhe proviu com alguns alunos militares dos EUA, o que rendeu a Shimabukuro muito respeito até mesmo no arquipélago principal do Japão.
Em 1960 ele foi eleito presidente do braço okinawano da Federação de Karate-do do Japão. Em 1962 Shimabukuro recebeu de Chibana o 10º Dan e fundou sua escola, a Seibukan (Escola da Arte Sagrada), presidindo-a até sua morte, em 1969. Desde então sua escola vem sendo presidida por seu filho Zenpo Shimabukuro, atualmente um Hanshi de 9º Dan.

Shobayashi

Tendo sido aluno de Chotoku Kyan (mestre de Tomari-te), Chojun Miyagi (fundador do estilo Goju-ryu), Tatsuo Shimabukuro (seu irmão mais velho e fundador do estilo Isshin-Ryu), Choki Motobu e Zenryo Shimabukuro (fundador da escola Seibukan), Eizo Shimabukuro (1925-) acabou se filiando diretamente ao estilo Shorin-Ryu apenas em 1961, quando, já no 10º Dan, foi aceito como aluno pelo Grão-Mestre do estilo, sensei Choshin Chibana.
Desde 1948 Eizo Shimabukuro já possuía seu próprio Dojo e com o apoio que recebeu das tropas norte-americanas no pós-guerra, treinou mais de 35.000 soldados até os dias de hoje.
Com a morte de Chibana, Eizo Shimabukuro fundou sua própria escola de Karate Shorin-Ryu, embora tenha ele próprio sido treinado em diversos estilos de Karate, tais como: Goju-ryu, Shudokan e Shorei-Ryu. Sua escola foi batizada como Shobayashi e é até hoje presidida por ele.

Shinshukan

O Karate Shorin-ryu chegou ao Brasil em 1954, junto com Yoshihide Shinzato (foi aluno de Choshin Chibana e, após a morte deste, continuou com Katsuya Miyahira; também treinou com Shikan Akamine, do estilo Goju-ryu). Sua disseminação por aqui se deu no contexto do racha de escolas ocorrido no final da vida de Chibana e, sendo assim, até os dias de hoje ainda existe certa disputa entre os membros das diferentes escolas deste estilo no Brasil.
Unindo, inicialmente, os imigrantes japoneses (especialmente os oriundos de Okinawa) de Santos, a Shorin-ryu começou a ganhar notoriedade a partir de 1962, quando Shinzato fundou a primeira academia do estilo e quando realizou uma demonstração pública de Karate no Parque do Ibirapuera, em São Paulo.
Originalmente chamada de Associação Okinawa de Karate-do Shorin-ryu, essa academia passou a se chamar União de Karate-do Shorin-ryu do Brasil e, finalmente, quando Yoshihide Shinzato alcançou o 10º Dan, se transformou na escola Shinshukan. Seu nome deriva dos ideogramas do nome de Shinzato, sendo o Shin de Shinzato, o Shu de Yoshihide e o Kan, de Escola. Assim, ela é, literalmente, a "Escola de Yoshihide Shinzato".
Por ter sido fundada pelo introdutor do estilo no Brasil, a Shinshukan é hoje a escola Shorin-ryu com mais praticantes no país, algo em torno de 7000 segundo suas próprias contas. Contudo, a escola considera que todos os praticantes do estilo no Brasil tenham, de alguma forma, sido seus alunos. Daí o alto número.
Uma alteração feita por Shinzato nos costumes da Shorin-ryu brasileira foi a introdução do uso de Hachimaki (bandana de cabeça).
Com o falecimento de Yoshihide Shinzato, em 13 janeiro de 2008, a escola é hoje comandada por seu filho, Masahiro Shinzato, Hanshi de 9º Dan e ex-presidente da Federação Paulista de Karate - FPK.
A principal luta da Shinshukan nos últimos anos tem sido no sentido de que o Shorin-ryu seja aceito pela WKF (World Karate Federation) no rol dos estilos de Karate de competição. Isso implicaria na possibilidade de seus atletas virem a fazer Katas do próprio estilo sem terem que ser avaliados pelo embusen (padrão de movimento) similar ao do estilo Shotokan, aceito pela entidade.

Outros pontos de relevância

10, itosu, tode jukun
Os Dez Preceitos do Karate

Itosu e "Os Dez Preceitos do Karate"

Além de sua imensa contribuição pessoal para o Karate em geral e para o estilo Shorin-ryu em especial, Anko Itosu deixou ainda um importante legado numa carta endereçada aos Ministros da Guerra e da Educação do Japão. Essa carta, de outubro de 1908, chamada de "Os Dez Preceitos do Karate" (Tode Jukun) tinha o objetivo de desvincular o Karate de influências religiosas, bem como de ressaltar os benefícios militares da arte marcial.

A Shorin-ryu e o Karate esportivo

Atualmente a WKF (World Karate Federation) considera como "oficiais" apenas quatro estilos de Karate: Goju-ryu, Shito-ryu, Shotokan e Wado-ryu. Esses quatro são considerados estilos de Karate tradicional japonês e, apesar de o Shorin-ryu ser mais antigo do que três deles, não entra nesse rol porque nunca foi aceito no arquipélago principal do Japão, sendo considerado pelos japoneses como um estilo de Karate de Okinawa.

Uma alternativa aos atletas do estilo é a WUKF (World Union of Karate-Do Federations), entidade anterior à WKF, que havia entrado em declínio no início da década de 1990, mas que vem sendo revitalizada nos últimos cinco anos; anteriormente, já foi conhecida como WUKO (World Union of Karate-Do Organizations). A WUKF inclui no rol de estilos por ela reconhecidos como tais, além dos aceitos pela WKF, também os estilos Shorin-ryu, Uechi-ryu, Kyokushinkai e Budokan.

Se, contudo, o Karate vier a integrar os Jogos Olímpicos, apenas atletas filiados à WKF poderão obter índice olímpico, visto que esta entidade é a única reconhecida pelo COI.



fontes: Shihan Yoshihide Shinzato
http://www.shinshukan.com.br
www.google.com
http://pt.wikipedia.org

sábado, 30 de novembro de 2013

Bob Dylan

Dinossauro inovador, Bob Dylan, revoluciona o mundo dos clipes com uma produção que deixaria Michael Jackson morto de inveja...ops

Aos 72 anos, Robert Allen Zimmerman, nascido no estado de Minnesota, neto de imigrantes judeus russos, continua sendo referência para quem curte musica sem frescura.

Em sua página oficial o musico publicou um novo clipe para a musica LIKE A ROLLING STONE como nunca foi pensado antes.

O video-clip foi feito para o lançamento de sua super coletânea de 47 CDs, que contém 35 álbuns de estúdio incluindo a primeira edição do álbum de Dylan em 1973, seis álbuns ao vivoinéditas de singles, um livro de luxo edição de capa dura, que inclui comentários sobre cada uma das faixas do famoso autor Clinton Heylin, e uma introdução pelo jornalista e apresentador de televisão Bill Flanagan. Este projeto também está disponível em formato flash USB de edição limitada (USB) em forma harmônica, com todas as músicas em MP3.

Produzido pela Interlude, juntamente com Pulse Films e Walter Pictures, o resultado é extraordinário, e com muita criatividade e tecnologia.

São16 canais de televisão, todos cantando, em tempo real. São personagens e programas da TV americana.

(Troque de canal enquanto ouve a música e confira que coisa maluca)
 
Então, divirta-se:




Esta musica foi um marco na industria fonográfica. Lançado em 1965, destruiu a idéia que se tinha quanto a duração, som e conteúdo. E novamente pode se tornar histórica, quase 50 anos depois.

"Estamos sempre à procura de formas criativas e inovadoras para fazer destacar os nossos artistas e suas formas de música. Trabalho realizado por Interlude com "Like A Rolling Stone" proporciona uma plataforma única, divertida e muito atraente e de onde podemos chegar" disse Adam Block, presidente da Sony Music / Legacy Recordings.

Idolatrado por gerações, desde a década de 1960, Dylan já foi proclamado o trovador da juventude. A voz de inquietos que, como ele, não gostavam de ver o futuro que se aproximava da sociedade norte-americana, com guerras e sangue derramado.
 
"Não sou um salvador ou um profeta", declarou em 2004 em sua primeira entrevista televisiva em quase 20 anos. "Minhas canções não são sermões e não considero que haja nada nelas que diga que sou um porta-voz de algo ou de alguém". Será?

Hoje, seus movimentos vagarosos e difíceis, sua voz ainda mais desgastada e personalidade um tanto mais rabugenta, continua ativo e inspirado.

Dylan é um gênio na opinião de muitos, inclusive dO Externauta.

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É, o velinho sabe das coisas...

Abrax.



Fontes: www.google.com
blogs.estadao.com.br
https://pt.wikipedia.org
www.bobdylan.com 

domingo, 24 de novembro de 2013

Depredação

Depois da vandalização da estátua da Mônica, ocorrida no bairro dos Jardins em são Paulo, fica a sensação de que nem os personagens fictícios estão a salvo da agressão social vivida hoje neste país.

democratico, socialEste blog não é reacionário, mas parece que o povo realmente não sabe o que quer.

Falta de investimento em áreas como educação, saúde e segurança; gastos absurdos sem o menor critério, uma máquina estatal sempre ineficiente e cara, uma politica indiferente ao povo que representa; são fatores conhecidos de toda a população. O povo é vítima indefesa da própria democracia que tanto reivindicou em anos passados.

"O poder do povo, para e povo e pelo o povo" tem se mostrado uma utopia cada vez mais clara.

A cada dia a violência tem aumentado, o abismo social também, e o povo segue em marcha fúnebre, como se fosse mero espectador.

Os últimos acontecimentos políticos no Brasil mostram que "aqueles" protestos não surtiram qualquer efeito sobre a direção da política nacional. 

gigante, acordou, copaMas o problema não é só nosso. Em outros países a coisa também não está fácil. Mas vamos cuidar primeiro de nossa casa, depois do bairro, da cidade, e assim por diante... até mudarmos o mundo!

Outra utopia; porque ao que me parece o mundo não quer ser mudado! Tente falar de política ou ação social e verá o tamanho da rejeição ou indiferença que a grande maioria das pessoas recebem estas propostas. E depois, a culpa é sempre do outro

A inversão de valores é uma coisa tão natural que querem transformar opinião pessoal em crime!

Se você tem  valores morais, educação, respeito e cidadania; cuidado! Você está na contra-mão da evolução cultural. Pelo menos aqui no Brasil. Criminosos não podem ser sequer chamados de criminosos, estupradores e assassinos menores de 18 anos são chamados de criança, políticos corruptos são inocentados depois de anos de um processo cheio de recursos. Quem não for a favor destas anomalias, está fadado ao ridículo. 

Quem é você? Dirá o acusador que defende estas mazelas.

Esta é a maior depredação possível. A depredação da vontade e da esperança, destruindo sua determinação, tornando os mais altos valores humanos em motivo de piada, mas é melhor falar baixo...para não incomodar quem faz fortuna com o sangue do povo; afinal, hoje se morre por nada. Imagine se você incomodar!
um país de todos

Quem desvia verba da educação, ajuda a por uma arma na mão, ou na cabeça, do seu filho. E até quando veremos nossas crias serem dizimadas pelo monstro criado por nós mesmos? Nem os animais dito irracionais permitem que sua cria seja tratada desta forma.

Bestas... tornamo-nos bestas...

E viva a democracia!

domingo, 3 de novembro de 2013

Finados



Ontem dia 02/11 foi comemorado o dia dos finados... comemorado? Bem, dia de finados sempre nos leva a uma reflexão sobre a vida, e claro, sobre a morte.

Todos aqueles que perderam entes queridos recordam neste dia de suas alegrias, seus momentos juntos e seus momentos de ausência. Porque a morte é a ausência definitiva e por isso os momentos em que fomos ausentes nos vêem á memória.

De todos os sentimentos que o ser humano possa experimentar, a dor aguda da separação é a mais pungente. Sentimento este que não fica restrito ao ser humano, algumas outras espécie também sofrem com ela. Todos conhecem a história do cão que não abandonou o dono nem quando este foi ao túmulo. Resignou-se e permaneceu junto a ele até que a morte os unisse.

O mais importante nesta história é que sempre superestimamos o que se foi pelo simples fato de ser irreversível penso eu. A indignação é o que nos resta nesta impotência ante um fato irremediável, inapelável, irreversível. Realmente não sabemos lidar com isso.

planetas
O Homem moderno é auto-suficiente, e por isso acredita estar à cima de tudo, ou de quase tudo. Então vem a morte e esmaga o ego e inunda a alma com a certeza da insignificância do ser ante a magnitude do universo.

Mesmo que não aceitemos a violência e a estupidez que leva milhares aos túmulos todos os anos, o tempo ainda nos condena.
Tic, Tac, e mais um vai ao chão... Tic, tac, e mais outro á solidão.

Daqui a no máximo 150 anos, nenhum dos mais de 7 bilhões de seres humanos existentes hoje no planeta estará vivo! Nenhum... juntamente com tantos outros bilhões de seres de outras espécies que deixarão de existir.

mortos, etica, educação, segurança, saudeExiste ainda outra face, mais angustiante deste quadro. Afinal de contas, nossa passagem por aqui não tarda pouco mais de um século, pra quem tiver sorte. A face do filosófico e abstrato legado de nossas vidas. O que deixamos de herança para os que ficam?

Nossa prole é a continuidade de nós mesmo, diria o poeta. Mas, e o restante á nossa volta?

A morte da educação, a morte dos bons costumes, a morte da esperança... Esta, a maior de todas as tragédias. 

Nossa morada, a Terra, está degradada fica e moralmente, e trará lembranças, por muito tempo, de uma geração que não soube o que deixar para recordar. Sem previsões apocalípticas, diria que estamos perto do fim. Do fim de nós mesmos, e que este fim venha antes do fim de nossa prole e do nosso habitat.

tempoBuscamos a morte de forma cega e irresponsável, porque o caminho que escolhemos está selando o futuro de todos os que nos cercam.

Estamos todos condenados.  Logo, 02 de novembro é o dia de todos nós.

É ou será, tanto faz, é só uma questão de tempo.

"Carpe Diem "