Tenho experimentado o amargo das discussões irracionais e
pervertidas de alguns auto-declarados doutores em altercação.
Doutores por se acharem exímios articuladores de palavras e
ideias que tentam jogar por terra qualquer ideologia que não seja a sua. E
auto-declarados, porque não sei o que os habilita em tal ocupação.
Deixe-me explicar melhor... Algumas pessoas se prestam a
ofender, ridicularizar e agredir pessoas que pensam e agem diferente do que
eles consideram como correto.
Quando estas pessoas expressam repudio a outras que diferem
de seu comportamento, gosto musical, preferência a um time de futebol
ou preferir praia á montanha; não significa nada além de pura intolerância e
paixão.
Estas escolhas são baseadas em sentimentos, e esta
constatação por si só deveria por fim a qualquer embate. Você pode ser
vegetariano enquanto outro, religiosamente, promove churrasco todo final de
semana. Mas neste ínterim, esbarramos em outro tópico importante: As
consequências de suas escolhas. Você é livre para cumprir as leis, mas lhe é imposto o rigor
da justiça (ou não).
Outras escolhas afetam o meio em que vive, e isto inclui seu
corpo, sua casa, seu bairro, sua cidade; culminando nas forças do universo. “Cada
ser humano é um universo”, é uma frase bem conhecida, mas não vamos enredar por
este lado. (isso fica pra outra postagem)
Sejamos mais objetivos. Tomar partido ou expressar opinião
baseada em paixão, é como julgar o elefante pela sua capacidade de voar. Tachar este ou aquele por suas preferências, é preconceito e
burrice.
Quem é melhor? O Corintiano, o azul ou a sardinha?
Entenderam?
Não é possível basear-se nestas escolhas, porque são
pessoais, e só dizem respeito a você. No meu caso prefiro azul...rs.
No campo ideológico os entraves são mais complexos, isso
porque alguns se baseiam neste ou naquele pensamento, mas não conseguem avaliar
claramente as organizações (religiosas ou não) como um todo por simples falta de
conhecimento.
Dentre todos os sentimentos a fé parece ser a mais
abstrata.
Até mesmo os ateus tem fé, aceitem ou não. Isso é
fundamental , acreditar é opcional pois se trata de sentimento, entender é
parte do raciocínio. Logo, você pode entender as razões pela qual um homem mata
a outro, aceitar é outra coisa. Esta tem sido a grande falha destes “doutores”; não
entendem ou sequer dão ouvidos a outras opiniões e não se informam sobre
aquilo que tantos são contrários.
“Se você conhece o inimigo e conhece a si
mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas.” Sun Tzu, A Arte da
Guerra.
Como pode alguém opinar sobre arte sem nunca tê-la estudado?
E isto vale para todos os campos. Ler é sinônimo de estudar, trocar horas de
estudo sério por opiniões de quem “ouviu falar” é muito limitante
intectualmente. Antes de falar sobre religiões procure fontes seguras
destas mesmas. Eis alguns tratados fundamentais para tem um mínimo de discernimento:
·* Mentisses ao Espirito Santo - Leandro Bertoldo
·* A Bíblia Sagrada - João Ferreira de Almeida,
versão atualizada;
·* O mundo de Sofia - Jostein
Gaarder
·* Exilados de Capela -Edgard Armond
·* Apologia a Sócrates - Platão
·* A Gênese, O livro dos Médiuns, O livro dos Espíritos,
O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno – Allan Kardec
·* Explanação sobre o Sutra de Lótus - brasil-seikyo
Com base no que disse anteriormente, LI TODOS ESTES LIVROS!
E quase outros 200, entre histórias, tratados, romances, etc.
Além é claro de ler sobre a vida e obra de Albert Camus, Aristóteles, Jean-Paul
Sartre, Charles Darwin, Galileu Galilei, João Calvino, Martinho Lutero, Friedrich Nietzsche, Ellen
G. White, Chico Xavier, William Miller, Siddhartha Gautama, Nitiren Daishonin, entre outros. Além, é claro, de estudar sobre a origem e dogmas do Hinduísmo,
Xintoísmo, Cristianismo, Protestantismo, Religiões africanas, Paganismo, etc. Isto serve única e exclusivamente para basear minha própria opinião, não fazendo de mim um expert em nenhuma destas vertentes, logo, não cabe a mim impor minha posição a ninguém.
Somente com minucioso estudo é possível visualizar um mínimo
de conhecimento sobre a fé.
Assistir documentários e palestras sobre estes
assunto também ajudam a filtrar as informações, coisa bem dificil hoje em dia considerando que todo mundo quer opinar e fazer valer sua escolha.
Ou então, continue falando do que não sabe, afinal, hoje em dia “todos acham alguma coisa, ninguém sabe nada!” Dr. Enéas Carneiro.
"A verdade está nos livros" mas, "não acredite em tudo que lê", quem disse isso?!?!? Sei lá, ouvi falar...
Shorin-ryu(小林流 ou 松林流 ou 少林流) é um estilo de Karatê originário de Okinawa e de cujo desmembramento surgiram vários dos demais estilos de Karatê hoje praticados no mundo, como o Shotokan, o Shito-ryu e o Wado-ryu. Shorin é a pronúncia japonesa da palavra chinesa Shaolin, que quer dizer "Pequeno Bosque", sendo assim, como Ryu significa Estilo, Shorin-ryu seria o "Estilo do Pequeno Bosque".
As raízes do estilo Shorin-ryu se confundem com as raízes do próprio Karate e remontam ao fim do século XVIII, na ilha de Okinawa. Conhecida como uma “Corda no Oceano”, está situada no Oceano Pacifico áquela época, a ilha era a sede do hoje extinto Reino de Ryukyu, que englobava todas as ilhas do arquipélago de Ryukyu, hoje pertencentes ao Japão.
Por duas vezes houve proibição do uso de armas em Okinawa. Nessa
época a Ilha estava dividida em três Estados: Nazan, Chuzan e
Hokuzan.
Em função de necessidade, o Karate-Do assumiu maior valor. Aqueles que
não podiam usar armas, aperfeiçoaram e usaram o Karate-Do como meio de
defesa ao enfrentar adversários armados.
O Karate-Do se desenvolveu em três locais diferentes de Okinawa: Na
capital Shuri, denominando-se “Shuri-Te”; na cidade comercial de Naha,
denominando-se “Naha-Te” e na cidade portuária de Tomari, “Tomari-Te”.
Shuri-Te e Tomari-Te deram origem ao estilo “Shorin” e Naha-Te ao estilo “Goju”.
Atualmente existem vários estilos que surgiram como derivação do
Shorin-Ryu e do Goju-Ryu, ou como conseqüência da integração dessas duas
raízes.
Progressão de faixas
No estilo Shorin-ryu os caratecas começam na faixa branca, como na
grande maioria dos estilos de Karate e a coloração de suas faixas vai
escurecendo até chegar à preta, quando se inicia uma nova contagem de
progressão, muito mais lenta. Karatecas que não são faixas pretas são
chamados de Mudansha ou Dangai (sem Dan), enquanto os que já atingiram a faixa preta são chamados de Yudansha. A progressão de faixas do estilo é a seguinte:
Os Dangai ou Mudansha são:
7º Kyu = Branca
6º Kyu = Amarela
5º Kyu = Laranja
4º Kyu = Azul
3º Kyu = Verde
2º Kyu = Roxa
1º Kyu = Marrom
Obs.: Alguns dojos ainda utilizam uma faixa vermelha entre as
faixas branca e amarela, destinada a caratecas considerados muito jovens
para progredirem à faixa amarela. A idade mínima para se
atingir a faixa preta era de 18 anos completos. Hoje, como a idade
mínima para a faixa preta é de 14 anos.
Os Yudansha são:
1º ao 5º Dan = Faixa Preta com uma listra horizontal para cada Dan
6º Dan = Faixa Preta com as pontas em Vermelho e Branco (Ponta Coral) ou apenas Faixa Preta sem ponta alguma
7º e 8º Dan = Faixa Vermelha e Branca (Coral)
9º e 10º Dan = Faixa Vermelha
Obs.: Caratecas de 1º e 2º dan são chamados de Sensei, os de 3º e 4º Dan são chamados de Shihan, os de 5º e 6º Dan são chamados Renshi, os de 7º e 8º Dan são chamados Kyoshi e os de 9º e 10º Dan são chamados Hanshi.
Karatecas acima do 7º Dan receberá o título honorífico de Kodansha.
Kata
As técnicas do estilo são aperfeiçoadas através do treino de kihon (exercícios fundamentais), kata (exercícios formais) e kumite (luta), incorporando princípios filosóficos, tanto na teoria quanto na prática.
3º Kyu (Faixa Verde): Katas de 4º Kyu + Pinan Nidan e Pinan Sandan
2º Kyu (Faixa Roxa): Katas de 3º Kyu + Pinan Yondan e Pinan Godan
1º Kyu (Faixa Marrom): Katas de 2º Kyu + Passai Sho e Kussanku Sho
Faixa Preta Shodan: Katas de 1º Kyu + Passai Dai, Kussanku Dai e Chinto
Faixa Preta Nidan: Katas de Shodan + Jion, Gojushiho e Teesho
Faixa Preta Sandan: Katas de Nidan + Koryu Passai e Unshu
Faixa Preta Yondan em diante: Todos os Katas Shorin
Mestres do estilo Shorin-ryu.
Bandeira do Reino de Ryukyu, berço do Karate
Peichin Takahara (1683 - 1760)
Nascido na vila de Akata Cho, Takahara viveu a maior parte da vida na cidade de Shuri,
capital do Reino de Ryukyu, e foi o maior Mestre de Te (mão) à sua
época. O Te era uma arte marcial nativa de Okinawa e cujo nome
significava simplesmente "mão", por ser uma forma de luta praticada sem armas.
Por volta de 1750, um monge budista chinês do Monastério Shaolin chamado Kusanku
foi enviado a Okinawa como uma espécie de embaixador. Àquela época,
Ryukyu era um reino independente, mas cultural e comercialmente
dependente da China Imperial. Kusanku era praticante de Kung fu (na época chamado Chuan fa), e ambos
trocaram conhecimentos sobre artes marciais, mas não desenvolveram
nenhuma relação Professor-Aluno.
Kanga Sakukawa (1733 - 1815)
Quando Kusanku chegou a Okinawa, Sakukawa
contava cerca de 18 anos e era o mais prodigioso aluno de Takahara. O
velho Mestre já estava com quase 70 anos, enviou, então, seu pupilo para ser treinado pelo monge chinês.
Templo Shaolin, em Henan
Sakukawa,
já à época um grande praticante de Te, se tornou, então, discípulo de
Kusanku, com quem se diz, inclusive, que chegou a visitar a China e o
próprio Monastério Shaolin. Quando Kusanku faleceu, em 1762, Sakukawa já
dominava amplamente tanto o Te de Okinawa, quanto o Kung Fu da China.
Passou, então a ser o Grão-Mestre do Te de Shuri, assumindo o lugar de
Takahara, falecido dois anos antes.
Em homenagem a Kusanku, Sakukawa criou os
dois katas que levam o nome do monge Shaolin: Kusanku Sho (Kusanku menor) e Kusanku Dai
(Kusanku maior).
Por volta de 1812, aceitou como discípulo o jovem Sokon Matsumura.
Sokon Matsumura (c. 1800 - c.1890)
Em 1815, quando Sakukawa
faleceu, Matsumura estava apto a dar prosseguimento a seus
ensinamentos.
O treinamento de Matsumura
naquela arte que vinha se configurando a partir da mistura do Kung Fu
com o Te não só lançou as bases do Karate Shorin-Ryu (mão vazia), mas
também fez com que a prática de artes marciais, até então restrita ao
campesinato, atingisse a nobreza, da qual o próprio Matsumura fazia
parte.
Diz-se que nunca perdeu uma luta, desde o início de seu
treinamento até sua velhice, sendo seu embate mais famoso (e o único que
não venceu, mas empatou) contra um marinheiro náufrago oriundo
provavelmente da China, cujo nome era Annan.
Annan fora o único sobrevivente do navio em que estava, na costa de
Okinawa, e conseguiu chegar à ilha nadando. Como não sabia falar o
idioma local e como era exímio lutador, estava se aproveitando de sua
habilidade para roubar comida e outras coisas das vilas próximas a
Shuri. Matsumura foi, então, chamado para lidar com o problema, mas o
estrangeiro se mostrou um oponente muito superior a todos os outros que
já havia enfrentado ou que ainda viria a enfrentar. Num determinado
momento da luta, ambos se viram impossibilitados de vencer e resolveram
parar o embate, chegando a um acordo. Matsumura deixou que Annan
partisse sem ter que responder pelos crimes que havia cometido e, em
troca, Annan ensinou-lhe algumas de suas técnicas, que Matsumura viria a
compilar num Kata chamado Chinto (Marinheiro do Leste).
Criou
diversos Katas: Naihanchi (depois dividido em três partes), Passai (depois dividido em duas versões), Gojushiho, Chinto e Hakutsuru (este não praticado pela Shorin-ryu).
Anko Itosu (1831 - 1915)
Mestre Anko Itosu
Aluno de Matsumura, Itosu
esteve presente em momentos decisivos da História de Ryukyu e do Japão.
Era ele o General Supremo do Reino quando de sua anexação ao Japão, em 1879.
O Rei Sho
Tai, último monarca de Ryukyu, foi morar em Edo (Tóquio), onde recebeu o título de Kazozu (equivalente a Marquês).
Devido à grande influência chinesa sobre o Karate da época, a arte marcial
não encontrou receptividade num Império sinófobo como o japonês.
Foi dele a ideia do treinamento com Makiwara,
espécie de boneco de madeira rígida, para calejar as mãos e os pés, a
fim de potencializar os golpes. Outra grande inovação de Itosu foi ter
tornado o Karate mais acessível às crianças através da invenção dos
primeiros Kihons e da divisão do imenso Kata Naihanchi, criado por seu Mestre, em três Katas menores: Naihanchi Shodan, Nahanchi Nidan e Nahanchi Sandan. Ele também particionou os dois Katas Kusanku (criados por
Sakukawa) em cinco Katas menores, os quais batizou de Pinan, a dizer: Pinan Shodan, Pinan Nidan, Pinan Sandan, Pinan Yondan e Pinan Godan.
Há uma grande discussão histórica sobre o papel de Itosu em relação ao Karatê em geral e ao estilo Shorin-ryu em particular.
Embora alguns debatam sobre se
Matsumura ou Itosu seria o fundador do Estilo, o único consenso que
existe é que Chibana foi seu primeiro Grão-Mestre.
Choshin Chibana (1885 - 1969)
Ao contrário de Matsumura, que teve grande dificuldade para encontrar
um discípulo à altura de suas técnicas, Itosu encontrou discípulos de
qualidade em grande abundância, talvez por ter se empenhado na
disseminação do Karate por Okinawa através de sua implantação no ensino
público regular. Seja como for, ao menos cinco de seus discípulos
merecem alguma nota de importância: Anbun Tokuda (1886 - 1945), Shugoro Nakazato (1921 - 2008), Yuchoku Higa (1910 - 1994), Gichin Funakoshi (1868 - 1957) e Choshin Chibana.
Gichin Funakoshi, fundador do estilo Shotokan
Mestre Choshin Chibana
Com a morte de Itosu, seus discípulos se desentenderam acerca da
sucessão do Mestre, mas coube a Chibana ocupar o título de Grão-Mestre
do estilo. Muitos vêem neste ato a criação do Shorin-ryu, enquanto
outros apenas veem a consolidação de sua existência já então muito
antiga.
Tecnicamente, com a anexação de Ryukyu, o Karate já era uma arte
marcial japonesa, mas a verdade é que ele era quase desconhecido (e
visto com maus olhos) no arquipélago principa. Funakoshi dedicou-se a
alterá-lo a fim de contornar a intolerância japonesa para com os
costumes e ideias de origem chinesa. Assim, alterou nomes (traduzindo
todas as palavras chinesas para o japonês; diz-se, inclusive, que o
próprio nome Karate seria uma niponização de Tang Te,
usado até então) e algumas bases, de modo a criar diferenças sutis, mas
suficientes para tornar a arte marcial palatável aos japonses. Fundou
então um dojo, ao qual deu (ou, segundo outra versão da história, seus alunos deram) o nome de Shotokan, literalmente, "Escola do Shoto",
sendo que Shoto (Vento nos Pinheiros) era seu apelido. Até mesmo o
uniforme de treino do Karate foi niponizado, uma vez que o primeiro Karate-Gi utilizado por Funakoshi era, na verdade, um Judo-Gi, ou seja, um kimono de Judo.
Choki Motobu
Katsuya Miyahira (1918 - 2010)
Após a morte de Chibana, o título Grão-Mestre do estilo Shorin-ryu passou a seu mais proeminente discípulo: Katsuya Miyahira.
A fim de competir com as escolas nascentes, Miyahira transformou seu dojo numa escola: a ''Shidokan''.
Com sua criação, o Mestre passou a atuar mais diretamente na
disseminação do estilo e, dessa forma, tentou mantê-lo unido até o fim
de sua vida.
Um dos grandes feitos de Miyahira, enquanto ainda era aluno de Chibana, foi ter se tornado professor do grande mestre Choki Motobu (1870 - 1941), com quem desenvolveu uma relação de mútuo aprendizado.
Uma recente alteração introduzida por Miyahira no estilo Shorin-ryu foi a renomeação dos dois Katas Passai: o antigo Passai Sho (Passai menor) passou a ser chamado Itosu no Passai (Passai de Itosu, em homenagem àquele Grande Mestre do passado); já o antigo Passai Dai (Passai maior) passou a se chamar Matsumura no Passai (Passai de Matsumura).
Katsuya Miyahira veio a falecer no dia 27 de novembro de 2010, com 92
anos de idade, devido a falência múltipla dos órgãos. Seu sucessor como
presidente mundial do estilo Shorin-ryu e da escola Shidokan ainda não foi definido.
O estilo Shorin-Ryu se divide hoje em sete escolas, cada uma delas comandada por um Hanshi, são elas:
Shidokan
Em 1948, após atingir o 4º Dan, Katsuya Miyahira (1918-2010) fundou seu primeiro Dojo, ao qual deu o nome de Shidokan, conforme os anacletos de Confúcio (capítulo VII, versículo VI, do livro IV, volume XX):
Determine-se de coração a sempre seguir o caminho. Fique próximo do sol da virtude e dele não se afaste. Acredite no poder da benevolência como seu apoio. Obtenha prazer através dessas técnicas.
Em 1969,
após a morte de Chibana, Miyahira recebeu dele os selos oficiais do
estilo Shorin-Ryu e, por conta disso, foi eleito presidente do estilo.
Sua eleição frustrou muitos de seus colegas, especialmente os mais
velhos, o que precipitou a criação de diversas das escolas do estilo
Shorin-Ryu. Por sua vez, Miyahira transformou seu Dojo numa escola,
nascendo assim a Shidokan.
Hoje a Shidokan se espalha por onze países além do Japão.Entre eles está o Brasil: Em 1990 Kazunori Yonamine foi autorizado por Miyahira a comandar a Shidokan no Brasil. Ele é hoje um Hanshi de 9º Dan.
Em Okinawa, a escola é a maior representante do estilo, tendo 25 dojos.
Shorinkan
Shugoro Nakazato (1919-) iniciou sua prática no Karate dentro do estilo Shito-Ryu, mas após a Segunda Guerra Mundial, tornou-se aluno de Choshin Chibana.
Após a morte de Chibana, em 1969, Shugoro Nakazato assumiu o título de vice-presidente do estilo Shorin-Ryu. Até 1975 ele se manteve no cargo, mas nesse ano, renunciou e fundou sua própria escola do estilo: a Shorinkan, a qual preside até hoje.
Kyudokan
Em 1941, Yuchoku Higa (1910-1994), que já havia treinado com grandes mestres de Shuri-te e Naha-te, tornou-se aluno de Choshin Chibana, tornando-se o primeiro de seus alunos a atingir o 9º Dan e receber a graduação de Hanshi. Em 1947, ele fundou seu Dojo, o qual batizou de Kyudokan.
Em 1961, Higa foi nomeado vice-presidente do estilo Shorin-ryu, mas
após a morte de Chibana ele foi
substituído na vice-presidência por Shugoru Nakazato.
Em 1976, Katsuya Miyahira, elevou-o ao 10º Dan
e, a partir de então, Higa transformou seu Dojo na sede de mais uma
escola do estilo Shorin-Ryu: a Kyudokan, que hoje conta com mais de dez
mil alunos nos vinte e três países em que está presente. O trabalho de difusão da escola foi operado por Benito Higa (América do Sul) e Oscar Higa (Europa), descendetes de Yuchoku.
Desde a morte de Yuchoku, a escola vem sendo comandada por seu filho, Minoru Higa (1941-), Hanshi de 9º Dan.
Abdicando de muitos dos katas originais do estilo, a escola é hoje
conhecida também como Matsubayashi-Ryu, sendo que a terminação Ryu
(estilo), indica que ela esteja muito adiantada no caminho de se
desvincular do estilo Shorin-Ryu e se tornar um estilo próprio.
Desde 1997, com a morte Shoshin Nogamine, a escola vem sendo comandada por seu filho, Takayoshi Nogamine, Hanshi de 10º Dan, que busca ensinar a seus alunos de acordo com os escritos de seu pai nos livros A Essência do Karate-do e Contos dos Grão-Mestres de Okinawa.
Muitos praticantes desta escola consideram-na como o verdadeiro
Shorin-Ryu, inclusive chamando-a, muitas vezes apenas de Shorin-Ryu,
como se as demais escolas do estilo não existissem.
Seibukan
Em 1946, Zenryo Shimabukuro (1908-1969), fundou seu primeiro Dojo, onde ensinava principalmente a seus familiares. Contudo, a ocupação norte-americana de Okinawa lhe proviu com alguns alunos militares dos EUA, o que rendeu a Shimabukuro muito respeito até mesmo no arquipélago principal do Japão.
Em 1960 ele foi eleito presidente do braço okinawano da Federação de Karate-do do Japão. Em 1962 Shimabukuro recebeu de Chibana o 10º Dan e fundou sua escola, a Seibukan (Escola da Arte Sagrada), presidindo-a até sua morte, em 1969. Desde então sua escola vem sendo presidida por seu filho Zenpo Shimabukuro, atualmente um Hanshi de 9º Dan.
Shobayashi
Tendo sido aluno de Chotoku Kyan (mestre de Tomari-te), Chojun Miyagi (fundador do estilo Goju-ryu), Tatsuo Shimabukuro (seu irmão mais velho e fundador do estilo Isshin-Ryu), Choki Motobu e Zenryo Shimabukuro (fundador da escola Seibukan), Eizo Shimabukuro (1925-) acabou se filiando diretamente ao estilo Shorin-Ryu apenas em 1961, quando, já no 10º Dan, foi aceito como aluno pelo Grão-Mestre do estilo, sensei Choshin Chibana.
Desde 1948 Eizo Shimabukuro já possuía seu próprio Dojo e com o apoio
que recebeu das tropas norte-americanas no pós-guerra, treinou mais de 35.000 soldados até os dias de hoje.
Com a morte de Chibana, Eizo Shimabukuro fundou sua própria escola de
Karate Shorin-Ryu, embora tenha ele próprio sido treinado em diversos
estilos de Karate, tais como: Goju-ryu, Shudokan e Shorei-Ryu. Sua escola foi batizada como Shobayashi e é até hoje presidida por ele.
Shinshukan
O Karate Shorin-ryu chegou ao Brasil em 1954, junto com Yoshihide Shinzato
(foi aluno de Choshin Chibana e, após a morte deste, continuou
com Katsuya Miyahira; também treinou com Shikan Akamine, do estilo
Goju-ryu). Sua disseminação por aqui se deu no contexto do racha de
escolas ocorrido no final da vida de Chibana e, sendo assim, até os dias
de hoje ainda existe certa disputa entre os membros das diferentes
escolas deste estilo no Brasil.
Unindo, inicialmente, os imigrantes japoneses (especialmente os oriundos de Okinawa) de Santos, a Shorin-ryu começou a ganhar notoriedade a partir de 1962, quando Shinzato fundou a primeira academia do estilo e quando realizou uma demonstração pública de Karate no Parque do Ibirapuera, em São Paulo.
Originalmente chamada de Associação Okinawa de Karate-do Shorin-ryu, essa academia passou a se chamar União de Karate-do Shorin-ryu do Brasil e, finalmente, quando Yoshihide Shinzato alcançou o 10º Dan, se transformou na escola Shinshukan. Seu nome deriva dos ideogramas do nome de Shinzato, sendo o Shin de Shinzato, o Shu de Yoshihide e o Kan, de Escola. Assim, ela é, literalmente, a "Escola de Yoshihide Shinzato".
Por ter sido fundada pelo introdutor do estilo no Brasil, a
Shinshukan é hoje a escola Shorin-ryu com mais praticantes no país, algo
em torno de 7000 segundo suas próprias contas. Contudo, a escola
considera que todos os praticantes do estilo no Brasil tenham, de alguma
forma, sido seus alunos. Daí o alto número.
Uma alteração feita por Shinzato nos costumes da Shorin-ryu brasileira foi a introdução do uso de Hachimaki
(bandana de cabeça).
Com o falecimento de Yoshihide Shinzato, em 13 janeiro de 2008, a
escola é hoje comandada por seu filho, Masahiro Shinzato, Hanshi de 9º
Dan e ex-presidente da Federação Paulista de Karate - FPK.
A principal luta da Shinshukan nos últimos anos tem sido no sentido de que o Shorin-ryu seja aceito pela WKF (World Karate Federation)
no rol dos estilos de Karate de competição. Isso implicaria na
possibilidade de seus atletas virem a fazer Katas do próprio estilo sem
terem que ser avaliados pelo embusen (padrão de movimento) similar ao do estilo Shotokan, aceito pela entidade.
Outros pontos de relevância
Os Dez Preceitos do Karate
Itosu e "Os Dez Preceitos do Karate"
Além de sua imensa contribuição pessoal para o Karate em geral e para o estilo Shorin-ryu em especial, Anko Itosu
deixou ainda um importante legado numa carta endereçada aos Ministros
da Guerra e da Educação do Japão. Essa carta, de outubro de 1908,
chamada de "Os Dez Preceitos do Karate" (Tode Jukun) tinha o objetivo de desvincular o Karate de influências religiosas, bem como de ressaltar os benefícios militares
da arte marcial.
A Shorin-ryu e o Karate esportivo
Atualmente a WKF (World Karate Federation) considera como
"oficiais" apenas quatro estilos de Karate: Goju-ryu, Shito-ryu,
Shotokan e Wado-ryu. Esses quatro são considerados estilos de Karate
tradicional japonês e, apesar de o Shorin-ryu ser mais antigo do que
três deles, não
entra nesse rol porque nunca foi aceito no arquipélago principal do
Japão, sendo considerado pelos japoneses como um estilo de Karate de Okinawa.
Uma alternativa aos atletas do estilo é a WUKF (World Union of Karate-Do Federations),
entidade anterior à WKF, que havia entrado em declínio no início da
década de 1990, mas que vem sendo revitalizada nos últimos cinco anos;
anteriormente, já foi conhecida como WUKO (World Union of Karate-Do Organizations). A WUKF inclui no rol de estilos por ela reconhecidos como tais, além dos aceitos pela WKF, também os estilos Shorin-ryu, Uechi-ryu, Kyokushinkai e Budokan.
Se, contudo, o Karate vier a integrar os Jogos Olímpicos, apenas
atletas filiados à WKF poderão obter índice olímpico, visto que esta entidade é a única reconhecida pelo COI.
Dinossauro inovador, Bob Dylan, revoluciona o mundo dos clipes com uma produção que deixaria Michael Jackson morto de inveja...ops.
Aos 72 anos, Robert Allen Zimmerman, nascido no estado de Minnesota, neto de imigrantes judeus russos, continua sendo referência para quem curte musica sem frescura.
Em sua página oficial o musico publicou um novo clipe para a musica
LIKE A ROLLING STONE como nunca foi pensado antes.
O video-clip foi feito para o lançamento de sua super coletânea
de 47CDs, que contém 35álbuns de estúdioincluindo a primeiraedição doálbumde Dylanem 1973,seisálbuns ao vivo, inéditasde singles,um livrode luxoedição de capa dura, que incluicomentários sobrecada uma das faixasdo famosoautorClintonHeylin,euma introduçãopelo jornalista eapresentador de televisãoBillFlanagan.Este projetotambém está disponível emformato flashUSBde edição limitada(USB)em formaharmônica, comtodas as músicasemMP3.
Produzido pela Interlude, juntamente com Pulse Films e Walter Pictures, o resultado é extraordinário, e com muita criatividade e tecnologia.
São16 canais de televisão, todos cantando, em tempo real. São personagens e programas da TV americana.
(Troque de canal enquanto ouve a música e confira que coisa maluca)
Então, divirta-se:
Esta musica foi um marco na industria fonográfica. Lançado em 1965, destruiu a idéia que se tinha quanto a duração, som e conteúdo. E novamente pode se tornar histórica, quase 50 anos depois.
"Estamossempre à procura deformas criativas e inovadoraspara fazerdestacaros nossos artistase suas formasde música.Trabalho realizado porInterludecom"Like ARolling Stone"proporciona uma plataforma única,divertida emuito atraenteede ondepodemos chegar" disseAdamBlock,presidente daSony Music/ LegacyRecordings.
Idolatrado por gerações, desde a década de 1960, Dylan já foi proclamado
o trovador da juventude. A voz de inquietos que, como ele, não gostavam
de ver o futuro que se aproximava da sociedade norte-americana, com
guerras e sangue derramado.
"Não sou um salvador ou um profeta", declarou em 2004 em sua primeira
entrevista televisiva em quase 20 anos. "Minhas canções não são sermões e
não considero que haja nada nelas que diga que sou um porta-voz de algo
ou de alguém". Será?
Hoje, seus movimentos vagarosos e difíceis, sua voz ainda mais desgastada e personalidade um tanto mais rabugenta, continua ativo e inspirado.
Dylan é um gênio na opinião de muitos, inclusive dO Externauta.
Depois da vandalização da estátua da Mônica, ocorrida no bairro dos Jardins em são Paulo, fica a sensação de que nem os personagens fictícios estão a salvo da agressão social vivida hoje neste país.
Este blog não é reacionário, mas parece que o povo realmente não sabe o que quer.
Falta de investimento em áreas como educação, saúde e segurança; gastos absurdos sem o menor critério, uma máquina estatal sempre ineficiente e cara, uma politica indiferente ao povo que representa; são fatores conhecidos de toda a população. O povo é vítima indefesa da própria democracia que tanto reivindicou em anos passados.
A cada dia a violência tem aumentado, o abismo social também, e o povo segue em marcha fúnebre, como se fosse mero espectador.
Os últimos acontecimentos políticos no Brasil mostram que "aqueles" protestos não surtiram qualquer efeito sobre a direção da política nacional.
Mas o problema não é só nosso. Em outros países a coisa também não está fácil. Mas vamos cuidar primeiro de nossa casa, depois do bairro, da cidade, e assim por diante... até mudarmos o mundo!
Outra utopia; porque ao que me parece o mundo não quer ser mudado! Tente falar de política ou ação social e verá o tamanho da rejeição ou indiferença que a grande maioria das pessoas recebem estas propostas. E depois, a culpa é sempre do outro.
A inversão de valores é uma coisa tão natural que querem transformar opinião pessoal em crime!
Se você tem valores morais, educação, respeito e cidadania; cuidado! Você está na contra-mão da evolução cultural. Pelo menos aqui no Brasil. Criminosos não podem ser sequer chamados de criminosos, estupradores e assassinos menores de 18 anos são chamados de criança, políticos corruptos são inocentados depois de anos de um processo cheio de recursos. Quem não for a favor destas anomalias, está fadado ao ridículo.
Quem é você? Dirá o acusador que defende estas mazelas.
Esta é a maior depredação possível. A depredação da vontade e da esperança, destruindo sua determinação, tornando os mais altos valores humanos em motivo de piada, mas é melhor falar baixo...para não incomodar quem faz fortuna com o sangue do povo; afinal, hoje se morre por nada. Imagine se você incomodar!
Quem desvia verba da educação, ajuda a por uma arma na mão, ou na cabeça, do seu filho. E até quando veremos nossas crias serem dizimadas pelo monstro criado por nós mesmos? Nem os animais dito irracionais permitem que sua cria seja tratada desta forma.
Ontem dia 02/11 foi comemorado o dia dos finados... comemorado?
Bem, dia de finados sempre nos leva a uma reflexão sobre a vida, e claro, sobre
a morte.
Todos aqueles que perderam entes queridos recordam neste dia
de suas alegrias, seus momentos juntos e seus momentos de ausência. Porque a
morte é a ausência definitiva e por isso os momentos em que fomos ausentes nos vêem
á memória.
De todos os sentimentos que o ser humano possa experimentar,
a dor aguda da separação é a mais pungente. Sentimento este que não fica restrito
ao ser humano, algumas outras espécie também sofrem com ela. Todos conhecem a
história do cão que não abandonou o dono nem quando este foi ao túmulo. Resignou-se
e permaneceu junto a ele até que a morte os unisse.
O mais importante nesta história é que sempre superestimamos
o que se foi pelo simples fato de ser irreversível penso eu. A indignação é o que nos resta nesta impotência
ante um fato irremediável, inapelável, irreversível. Realmente não sabemos lidar com
isso.
O Homem moderno é auto-suficiente, e por isso acredita estar
à cima de tudo, ou de quase tudo. Então vem a morte e esmaga o ego e inunda a
alma com a certeza da insignificância do ser ante a magnitude do universo.
Mesmo que não aceitemos a violência e a estupidez que leva
milhares aos túmulos todos os anos, o tempo ainda nos condena.
Tic, Tac, e mais um vai ao chão... Tic, tac, e mais outro á
solidão.
Daqui a no máximo 150 anos, nenhum dos mais de 7 bilhões de
seres humanos existentes hoje no planeta estará vivo! Nenhum... juntamente com
tantos outros bilhões de seres de outras espécies que deixarão de existir.
Existe ainda outra face, mais angustiante deste quadro.
Afinal de contas, nossa passagem por aqui não tarda pouco mais de um século,
pra quem tiver sorte. A face do filosófico e abstrato legado de nossas vidas. O
que deixamos de herança para os que ficam?
Nossa prole é a continuidade de nós mesmo, diria o poeta.
Mas, e o restante á nossa volta?
A morte da educação, a morte dos bons costumes, a morte da
esperança... Esta, a maior de todas as tragédias.
Nossa morada, a Terra, está
degradada fica e moralmente, e trará lembranças, por muito tempo, de uma
geração que não soube o que deixar para recordar. Sem previsões apocalípticas,
diria que estamos perto do fim. Do fim de nós mesmos, e que este fim venha
antes do fim de nossa prole e do nosso habitat.
Buscamos a morte de forma cega e irresponsável, porque o
caminho que escolhemos está selando o futuro de todos os que nos cercam.
Estamos todos condenados. Logo, 02 de novembro é o dia de todos nós.